Hate You - Capítulo 02.

   Volto no quarto, pego minha bolsa e vou ao encontro de Bieber.

- Você tá linda – ele disse me olhando da cabeça aos pés.

- Ok, sem melação. Vamos logo.

- Tudo bem, marrentinha.

  No caminho ele sempre perguntava algo sobre mim, apenas respondia desinteressada.

- Chegamos – ele disse estacionando o carro de frente a uma praia.

  Tinha que confessar, era um lugar lindo, tinha pouquíssimas pessoas e uns 3 quiosques, havia um calçadão e vários coqueiros.

  Saio do carro e o vento batia em meu rosto violentamente fazendo meu cabelo voar.

- Lindo aqui, não é ? – diz Bieber chegando ao meu lado.

- É.

- Vem. – ele sai pegando em minha mão e andando até um quiosque, resolvo não armar confusão com ele por isso.

  Fomos até um dos quiosques, pegamos 2 latas de coca deixei minha bolsa no armário que se alugava e fomos caminhar pela praia.

- Porque ... – não o deixei terminar.

- Porque o que ?

- Porque não gosta de mim ?

- Não vejo graça em você e nas suas músicas toscas.

- Hm. Fala mais sobre você.

- Tipo o que ?

- Sente falta de algo/alguém ?

- Sim. Minha irmã. Morreu num acidente de moto. Éramos muito ligadas.

- Sinto muito.

- Eu também.

- Tem outro irmão ?

- Sim, Guilherme, tem 14 anos. Mora com meus pais numa cidade próxima.

- Ah, sim.

  Fomos andando e jogando areia com nossos pés, enquanto conversávamos.

- É virgem ? – ele perguntou de repente.

- Cara, olha a pergunta que você me faz. Mal te conheço.

- Ah, qual é. Não sou um pedófilo. – ele diz rindo.

- É, tem razão – ri também – Não, não sou virgem.

- E ... tem experiência ?

- Digamos que acabo com você !

- Haha. Disso eu duvido.

  Rimos. Bateu a fome e voltamos ao quiosque, almoçamos lanche, batata-frita e Coca-Cola. Voltamos a andar e depois de um tempo começamos a jogar água um no outro, ele me pegou no colo e foi entrando na praia, eu gritava implorando que ele parasse, mas obviamente sem sucesso. Brincamos na água mais um pouco e voltamos pra areia, com a roupa colada no corpo, nos sentamos ali mesmo.

- Tenho um acordo pra te fazer. – ele disse olhando pra mim.

- Manda.

- Já que diz acabar comigo na cama, que tal ficarmos de vez em quando, quando quisermos e sem compromisso algum ? Sem te dar satisfação, essas coisas. Nada sério.

- Bom ... Não é uma ideia tão ruim – disse pensando no assunto – Com uma condição.

- Ahn ...

- Não podemos nos apaixonar, estamos cientes que é ficar por ficar.

- Fechado.

  Apertamos as mãos.

- Quer começar agora ? – Pergunta ele olhando com cara de safado meu busto.

- Okay. Se antes você não me comer com os olhos.

  Rimos. Íamos ficar na casa dele, passei em meu apartamento, peguei umas roupas que precisaria e fomos. A casa – melhor, mansão – era meio longe, deu 10 minutos de carro.

- Fica a vontade. – diz jogando a chave em cima de uma mesinha ao lado da porta.

- Falou. – disse já subindo as escadas e procurando o quarto dele.

  Achei um que muito provavelmente era o dele, arrumei minhas coisas num canto e me levanto rapidamente quando ele bate na porta. Ele estava apenas com uma box vermelha, JÁ. Não pude deixar de passar os olhos pelo seu corpo, que por sinal era divino.

- To vendo que se acomodou rápido.

- Ué, disse pra ficar a vontade. Aqui é seu quarto, né ?

- Sim.

- E digo o mesmo. Se acomoda rápido – disse passando novamente os olhos pelo seu corpo. 

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