domingo, 25 de dezembro de 2011

12º Capítulo - London Calling!


Heey Beliebers, aqui é a Ananda.
FEEEEELIZ NATAL!
Gente, a Lorena foi viajar e vai ficar sem internet ;/
Mais eu vou continuar postando aqui, não se preocupem,
a história vai continuar. Mais um capítulo pra vocês lindas:



Help! I need somebody!
Foi a primeira coisa que eu pensei assim que pisei no território inglês, ou melhor dizendo, no aeroporto de Londres. Ver todas aquelas pessoas ali, andando para lá e para cá, com celulares, malas, todas com um objetivo, um propósito, um lugar certo para ir.
E quanto a mim?
Eu sou simplesmente uma brasileira que foi morar em Atlanta e fugiu para Londres em uma atitude desesperada (leia-se causada pelo álcool) de encontrar seu namorado super hiper mega famoso que por acaso se chamava Justin Bieber.
Tudo parecia fazer sentido enquanto eu estava sobre o efeito de... ahm... você-sabe-o-que.
Sim, eu estava um pouco constrangida por ter agido por causa do álcool, mas agora, de que adiantava? Eu já estava ali, em Londres.
Ok, vamos ser realistas. Tudo era muito mais complicado do que poderia parecer.
Já era sábado de manhã e provavelmente minha avó já teria achado o bilhete que eu deixei para ela. Apesar de ter explicado tudo direitinho para ela e ter deixado bem claro a razão da minha atitude, eu sei que ela ficaria preocupada. Eu espero que ela nem Ashley ligue para o meu pai, porque se isso acontecer, eu tinha certeza que ele viria me buscar aqui em Londres.
Eu não sabia quando tinha virado tão inconsequente. Talvez por causa da minha época de rebeldia no Brasil, eu não sei.
Na verdade, eu acho que não sou eu a inconsequente, e sim, o ato da fuga em si. Qual é, tudo o que eu fiz foi correr atrás do meu sonho, que no momento é ficar perto dele, a pessoa que eu mais amo nessa vida.
Eu admito que fui impulsiva. Mas quem não seria no meu lugar?
Eu estou completamente apaixonada por ele, completamente cega, completamente a mercê de tudo o que ele faz ou diz.
Apesar de ter as minhas inseguranças e paranoias, eu sabia que ele sentia o mesmo também. Era isso que me motivava a estar ali, em Londres.
Eu poderia imaginar a cara que ele faria quando me visse. Como ficaria surpreendido e feliz. Eu sei que isso é o que ele queria no fundo, mas que não pediria à mim pelo mesmo motivo que eu não pedi para ele cancelar a tour.
Tudo é tão complexo...
O mais engraçado é que tanta complexidade pode ser resumida a apenas uma palavra: Amor.
Essa minha fuga, nosso reencontro, nossa felicidade juntos que ninguém poderia impedir de existir, parecia uma coisa daqueles filmes românticos de Hollywood.
Seria perfeito se eu não tivesse que ficar meia hora para conseguir um taxi nessa cidade. Sério, eu quase fui a pé de tanto que me irritei de ver os taxistas de Londres me ignorando. Eu bem soltei uns palavrõeszinhos em português, porque não sou boba de ser mal educada na língua nativa daquele país lindo.
País lindo, taxistas feios.
Quando um taxista finalmente parou para me levar, eu quase pedi ele em casamento.
Perguntei a ele onde ficava um ótimo hotel, onde a maioria das pessoas se hospedava. Ele logo me informou que o melhor hotel era o Claridge's. Só pelo nome eu já vi que teria que vender o meu porsche para ficar apenas uma noite. Aceitei mesmo assim, afinal, já me joguei no poço da loucura, se for para encontrar a Samara, que seja.
Eu estava começando a criar uns "tics" nervosos só de pensar que eu estaria perto dele, que eu poderia abraçá-lo e nunca mais soltar.
Não demorou muito para que chegássemos ao hotel, paguei ao bom taxista e me virei. Eu desejaria não ter feito isso, por que eu até me desequilibrei com a visão que eu tive do hotel. Andei alguns passos, só para ficar ainda mais impressionada. (Claridge's: http://bit.ly/dt9Nm8)
Minhas pernas estavam bambas só de olhar para aquele lugar que para mim se enquadrava muito bem no conceito de perfeição.
– É... Vir para Londres não foi a pior ideia do mundo. - Eu disse, com um sorriso enorme estampado no rosto.
Fui com as minhas malas até a recepção e com certa vergonha, me dirigi à recepcionista.
– Bom dia... Desculpe-me chegar aqui sem uma reserva, mas a viagem foi de última hora e eu mal tive tempo para fazer uma... Então me indicaram o Claridge's Hotel e aqui estou eu... Espero que não tenha problema. - Eu disse, sorrindo e um pouco envergonhada.
Ok, eu estava praticamente tendo um ataque cardíaco por dentro. As borboletas no meu estômago estavam fazendo uma guerra. Literalmente. Não é sempre que você viaja para Londres SOZINHA e ainda por cima tem que cuidar de tudo sozinha.
– Não tem problemas, querida, preciso de seus documentos. - A recepcionista sorriu para mim, me tranquilizando. Eu sorri de volta e comecei a pegar meus documentos, logo entregando-a.
Eu simplesmente não conseguia tirar os olhos daquela decoração magnífica. Quando voltei minha atenção para a recepcionista ela estava um pouco mais séria do que antes, sinal de problema. Eu não gosto de sinais de problema.
– Algo errado? - Eu perguntei, sem poder conter a minha ansiedade.
– Você é menor de idade. - Ela disse, logo me olhando. - Não podemos hospedá-la sem um responsável com você.
– O que? - Eu disse, logo suspirando. Não acreditava no que estava acontecendo. Eu vim até Londres para não poder ser hospedada? Não, de jeito nenhum! - Não há nada que eu possa fazer?
– Desculpe querida, só com um responsável. - Ela disse, com pesar.
Droga! Eu não acredito! Eu estava começando a ficar com raiva quando percebi que aquilo era só um desafio que eu teria que superar. Eu conseguiria, eu tinha que conseguir.
– Olha... Eu sei que você não me conhece há mais de cinco minutos, mas eu vim para essa cidade linda porque eu precisava encontrar uma pessoa de que eu amo muito. Nós nos separamos por causa do trabalho dele e eu realmente não aguentava ficar longe dele. Eu preciso me hospedar aqui para poder encontrá-lo. Você tem que entender, eu saí dos Estados Unidos ontem a noite sozinha para fazer isso... Eu fiz a maior loucura da minha vida e não posso voltar sem conseguir. - Eu disse, sinceramente.
A recepcionista me olhava e eu não conseguia decifrar sua expressão, até que ela parecia estar considerando a ideia.
– Quando você faz 18 anos? - Ela me perguntou.
– Em Janeiro. - Eu respondi.
– Hmm... Só alguns meses. - Ela disse, pensando. - Olha, eu já fiz isso também, já fugi de casa por causa de uma paixão e eu sei muito bem o que você está passando.
– Sério? - Eu estava sorrindo agora, aquilo não poderia ser verdade. Eu não poderia ter mais sorte!
– Sim, me apaixonei por um brasileiro em uma viagem ao Rio de Janeiro no ano novo de 2002 e eu fugi para ver ele novamente. - Ela disse, rindo. Eu entrei em choque.
– Um brasileiro? Eu sou brasileira! - Eu disse, sem acreditar.
– Sério? - Ela estava sorrindo agora. - Pensei que fosse americana.
– Não, eu sou brasileira mas moro nos Estados Unidos, em Atlanta na verdade, moro com o meu pai. - Eu expliquei.
– Por que se mudou? - Ela perguntou, super descontraída. Estavamos batendo um super papo ali do nada.
– Ah, minha mãe sofreu um acidente e infelizmente faleceu. Aí eu comecei a ficar péssima e meus avós acharam melhor que eu fosse morar com eles e com o meu pai, aí eu tive que ir... - Eu expliquei.
– Ah, eu sinto muito... - Ela disse, chateada por mim.
– Obrigada. - Eu sorri.
– Mas espera... Se você é brasileira e é de Atlanta... - Ela dizia e pensava. - Você não é aquela amiga do Justin Bieber não né? A Julie Evans?
Entrei em choque, literalmente. Como é que uma LONDRINA sabia o meu nome? Ai mas que loucura!
– Ahmm... Sou! - Eu ri de leve. - Por que?
– Ah! É porque a minha sobrinha de 9 anos é viciada no Justin Bieber e não para de falar de vocês dois! - Ela dizia, rindo.
– Aposto que ela não gosta muito de mim... - Eu disse, rindo um tanto constrangida.
– O que? Ela te ADORA! - A recepcionista disse. Lá estava eu em choque novamente. - Ela diz que se é para o amor da vida dela ter uma namorada enquanto ela não cresce, que é melhor que seja você.
Essa foi boa. Agora eu estava por um fio de desmaiar.
– Nossa... - Eu disse, mexendo no meu próprio cabelo. - Eu não fazia ideia dessas coisas...
– Hmm... Hey! Eu vou hospedar você... Mas poderia me fazer um favor? - Ela pediu, gentilmente.
– Claro! - Eu sorri.
– Minha sobrinha realmente gosta de você, ela iria adorar te conhecer. Meu horário de almoço é daqui a pouco, eu poderia trazê-la para te conhecer? - Ela perguntou, um pouco sem graça.
– Seria um prazer. - Eu disse, gentilmente. Estava gostando da ideia de conhecê-la.
– Mesmo? - Ela disse, sorrindo.
– Claro! Mesmo mesmo! Vai ser uma honra. - Eu disse, sorrindo.
– Ok então, vamos te arranjar um quarto! - Ela disse, pegando meus documentos novamente e fazendo meu cadastro. - Se alguém te perguntar, você tem 18 anos.
– Pode deixar. - Eu sorri, animada.
Primeiro desafio? Completado com sucesso!
Eu ouvi um HIP HIP?
Depois de feito o cadastro, Elouise, a recepcionista, me deu a chave magnética do meu quarto, que por acaso ficava na cobertura. Eu ganhei um super desconto para ficar naquela cobertura maravilhosa, não poderia ter nada melhor.
O meu quarto... Eu não sei se poderia chamar aquilo de simplesmente um quarto, pois tinha uma sala, um banheiro enorme e um quarto com uma cama maravilhosa.
Eu poderia viver lá para sempre! Isso se eu tivesse todo o dinheiro do mundo, é claro.
Depois de me jogar na cama e dançar pela sala inteira, tomei um banho bem demorado e me enrolei no roupão mais confortável que eu já vi na minha vida. Depois toda a loucura dentro daquele quarto de hotel perfeito, peguei de dentro da minha mala o meu notebook inseparável.
Liguei ele e comecei a procurar nos fã sites de Justin Bieber algo sobre a próxima aparição dele ou o hotel em que ele estava hospedado.
Não encontrei nada para aquele sábado, só para o dia seguinte, domingo a noite.
Me decepcionei quando vi o que teria no domingo a noite. A premiere do vídeo de "Up" fora adiantada e ele nem havia me dito nada. Se bem que eu acho que ele pensava que não daria para eu ir para Londres em um fim de semana, mas como sempre, sou imprevisível e adoro surpreender.
A premiere seria em Londres e no fim de semana seguinte em Paris. Pelo menos eu poderia participar de uma.
Decidi que já que nenhum site havia dito o que ele faria naquele dia, ele poderia estar livre!
Poderia vir me buscar e...
Se bem que... Se eu encontrasse ele agora provavelmente ficaríamos o dia inteiro no quarto.
Eu olhei pela janela e vi a cidade linda de Londres.
Ah! Já que estou aqui, porque não aproveitar? Eu poderia ligar para ele mais tarde!
Eu me troquei e desci para comer alguma coisa e logo depois conhecer a sobrinha de Elouise para então, fazer um tour sozinha por Londres.
Não parecia uma má ideia, afinal, vim sozinha até aqui, o que poderia ter de mais?
Depois do meu almoço, subi para o meu quarto para escovar os dentes e dar mais uma ajeitada no visual, esperando Elouise e sua sobrinha aparecerem.
Não demorou muito para que batessem na porta. Me levantei do sofá, deixando meu computador na mesinha de centro e fui atender a porta, logo abrindo.
Quando eu abri, uma garotinha de 9 anos loira de olhos azuis colocou as duas mãos no rosto e começou a gritar.
– Kaitlyn, você prometeu não fazer escândalo! - Elouise disse, sem graça.
– Tudo bem... - Eu disse, sorrindo. - Entrem... Fiquem a vontade.
As duas entraram e se sentaram no sofá do meu quarto. Kaitlyn ficou no meio de nós duas e eu fiquei conversando um monte de coisas com ela.
– Você está namorando o Justin? - Ela perguntou.
– O que te faz pensar isso? - Eu disse, rindo da fofura dela.
– Ah, os sites de fofoca. - Ela disse, rindo.
– Somos apenas bons amigos... - Eu respondi, rindo, eu queria dizer a verdade, mas não podia.
– Eu quero que vocês dois namorem! - Ela disse, cruzando os braços. Eu gargalhei.
– Ora, por que? - Perguntei, curiosa.
– Por que vocês dois combinam! E são fofos juntos! E você é bem melhor que aquela Jasmine! - Ela disse, revoltadinha.
Agora gostei dessa garota! Essa é das minhas.
– Uhmm... Sabe, adorei você! - Eu disse, rindo.
– Podemos tirar uma foto com você? - Ela pediu, docemente.
Desde quando pessoas queriam tirar fotos comigo? Essa é nova.
– Ahm... Claro! - Eu disse, sorrindo, não conseguia rejeitá-la.
Elouise pegou a câmera e nos posicionamos, ambas sorrimos e Elouise tirou a foto.
– Tia! Entra na foto! - Kaitlyn disse.
– E quem vai tirar a foto? - Ela perguntou, rindo.
– Vamos, eu tiro de nós três. - Eu disse sorrindo. Ela me entregou a câmera e se posicionou. Eu arrumei a câmera e logo tiramos a foto.
– Aqui está! - Eu disse, devolvendo a câmera.
– Hora de ir Kaitlyn, Julie precisa descansar. - Elouise disse.
– Aaaah! - Ela disse, ficando triste.
– Você prometeu Kaitlyn! - Elouise fez cara de brava, eu sorri.
– Tudo bem tudo bem. Obrigada pelas fotos Julie, eu gosto muito de você! Mande um beijo pro Justin por mim?
– Claro lindinha, pode deixar. - Eu disse, me abaixando e dando um abraço nela e logo abrindo a porta para elas saírem.
– Obrigada Julie. - Elouise disse, sorrindo.
– Eu que tenho que te agradecer, Elouise. - Eu respondi, também sorrindo.
– Até mais! - Ela disse, saindo com Kaitlyn.
Eu apenas acenei e fechei a porta. Suspirei e sorri, balançando a cabeça. Minha vida estava completamente de ponta cabeça.
Olhei meu celular e resolvi ligar para ele. Aquilo tudo havia me lembrado a saudade imensa que eu estava dele.
Me aproximei e peguei o meu celular, ligando para o seu número.
Chamou... Chamou... Ninguém atendeu.
Era de se esperar.
– Bom... Parece que Londres está me chamando, já que você parece não estar. - Eu disse, olhando o celular e rindo.
Peguei a minha bolsa e saí, indo diretamente para as ruas londrinas. A primeira coisa que eu vi foi aqueles ônibus de dois andares vermelhos e magníficos, típicos de Londres.
Abri a boca e corri para o ponto dele, onde entrei correndo e logo garanti o meu lugar, sem acreditar que eu realmente estava ali dentro.
Só depois de entrar no ônibus percebi que era para turistas, melhor ainda!
Passei o dia inteiro com eles, conhecendo aquela cidade incrível, sozinha, porém aproveitando cada segundo daquele lugar.
Conheci o Parlamento Inglês, o Big Ben, fui ao museu de cera Madame Tussaud, dei um passeio perto do palácio de Buckingham e passei de taxi pela Tower Bridge. Tirei uma foto dentro de um orelhão londrino e por último, quando já estava de noite, dei uma volta no London Eye.
Eu nunca tinha me divertido tanto sozinha! Sinceramente!
Se bem que tudo seria melhor com ele ali... Porém, todo esse passeio me deu ainda mais motivação para encontrá-lo.
Decidi que quando chegasse em casa eu iria ligar para ele, se não conseguisse, no dia seguinte ligaria para todas as pessoas do mundo para conseguir encontrá-lo. Nada poderia me parar naquele momento.
Cheguei no meu quarto de hotel e me joguei na cama. Estava exausta, porém, mais feliz impossível. Aquela cidade tinha um ar tão diferente, tão maravilhoso.
Eu me sentia nas nuvens.
Eu fechei os olhos por um segundo, até que ouvi meu celular tocando.
Abri os olhos repentinamente e saí correndo feito uma maluca, tropeçando em metade das coisas que tinha pelo caminho.
Abri a minha bolsa e peguei meu celular, sem nem ver quem era que estava ligando, logo atendi.
– Alô? - Eu disse, respirando com dificuldade por ter corrido tão depressa.
– Julie? - Não, não era o Justin. Era a minha avó.
– Oi vó... - Eu disse, com um tom chateado.
– Onde você está querida? - Ela me perguntou.
– Ahmm... Londres. - Eu disse, sem graça.
– Foi o que pensei... - Ela disse, seu tom de voz estava um pouco preocupado, um tanto decepcionado, mas ainda assim, com o tom de voz da avó que sempre me apoia.
– Está chateada? - Eu perguntei, com medo da resposta.
– Julie... Desde que você era pequena, não sei se você se lembra, mas nos momentos que nós passávamos juntas eu sempre dizia pra você as mesmas três palavras: "Siga seu coração". Não estou chateada, apenas um pouco desapontada que você não falou comigo antes de tomar essa decisão, talvez por medo de eu não permitir. Quero que entenda que eu já fui jovem como você e já fiz coisas até piores do que você está fazendo agora, mas essas histórias deixaremos para mais tarde... Quero que confie em mim para qualquer coisa, pois eu sempre estarei ao seu lado, querida...
Meus olhos se encheram de lágrimas ao ver o apoio que a minha vó estava me dando em relação à minha vontade naquele momento.
– Obrigada vovó... Eu vou confiar, prometo. - Eu disse, rindo de leve enquanto limpava os olhos.
– Onde está hospedada? - Ela perguntou, agora em um tom mais tranquilo.
– No Claridge's... - Eu respondi, descontraída.
– Jura? Quando eu fugi de casa e fui para Londres eu me hospedei no Claridge's... - Ela disse, rindo.
– E a história se repete... - Eu disse, brincando.
– Espero que não minha querida... Pois bem, uma outra hora te contarei tudo, está bem? Agora vá, tenha uma boa noite e corra atrás do seu sonho, eu sei que você vai conseguir... - Ela disse, carinhosa como sempre.
– Obrigada vovó. - Eu disse, sorrindo. - Boa noite, nos vemos na segunda...
– Tente chegar aqui antes do que o seu pai. - Ela disse, rindo.
– Vou fazer de tudo para conseguir... Porque se nãão... - Eu disse, rindo.
– Pois é... Boa noite querida. Qualquer coisa que precisar me ligue, vou correndo para Londres. - Ela disse.
– Obrigada vovó, boa noite... - Eu disse e logo desligamos o telefone.
Minha avó era como uma segunda mãe para mim, de verdade. Não sei o que seria de mim sem ela. Sempre tão sábia, sempre me apoiando.
Olhei para o relógio e vi que era um pouco tarde para ligar para ele, corria o risco de acordá-lo, ele deveria estar muito cansado, não queria incomodar. Decidi então, ligar no dia seguinte e colocar o plano em ação.
Dormi maravilhosamente bem naquele colchão perfeito. Foi um sacrifício enorme para sair daquela cama, sério. Porém, minha vontade de encontrar o Justin era maior do que a minha vontade de dormir o dia inteiro.
Me levantei cedo, lá pelas 7 da manhã, tomei um bom banho, desci para tomar meu café da manhã e voltei para o quarto.
Liguei o meu computador e comecei a pesquisar novamente, afinal, eu teria que ter um plano.
Descobri que a premiere do videoclip "Up" seria no pátio em frente ao palácio de Buckingham hoje às 21h. Haveria um show de Justin e então, às 23h em ponto eles fariam a estreia do clipe.
A MTV britânica iria cobrir o evento para a televisão e para que os outros países pudessem conferir a estreia do último clipe do My World 2.0 de Justin Bieber. Depois desse evento teria uma AfterParty no Hotel 41 de Londres.
Eu estava completamente perdida, mas tinha que arranjar um jeito de encontrar ele, afinal, pelo que os sites disseram, ele iria para a Alemanha amanhã de tarde.
Um dia, uma chance. Uma garota perdida.
Uma chance em um milhão de eu conseguir falar com ele.
– Siga seu coração. - Eu disse para mim mesma.
Fechei o punho e me levantei.
Eu vou conseguir, disso eu tinha certeza.
Primeiro passo do plano: Encontrar o Hotel 41 e visitar novamente o pátio do Palácio de Buckingham.
Eu teria que estudar bem os lugares que eu iria visitar, pois não queria ser sufocada por fãs novamente.
Fui para o banheiro pentear meu cabelo novamente e olhar meu visual (Roupa: http://bit.ly/alc69n). Sorri de canto e suspirei. "Eu vou conseguir" - Era o que eu pensava.
Saí do banheiro e peguei minha bolsa, tendo dentro dela tudo o que eu precisava. Saí do hotel e peguei um táxi, mais fácil agora que eu já estava acostumada. Pedi para ele me levar ao Hotel 41. Ao chegar lá, tive minha primeira decepção. Havia umas 200 fãs na entrada. Coloquei meu óculos de sol e pedi para o taxista esperar, logo me aproximei de uma fã.
– Hey... O que está acontecendo? - Eu perguntei discretamente.
– Hoje terá uma festa aqui realizada pelo Usher e pelo Justin Bieber... - A garota me explicou.
– Você sabe onde eles estão hospedados? - Eu perguntei.
– Não há certeza, tem um monte de fãs por todos os hoteis de Londres, não divulgaram o nome do hotel para que não aconteça como aconteceu em Paris. - Ela me disse.
– Ah, entendi. Obrigada. - Eu sorri e tentei olhar para dentro do hotel 41.
– Hey... Eu te conheço de algum lugar. - A garota que havia me explicado estava me olhando.
– Não conhece não... - Eu disfarço muito mal, ri de leve, um pouco sem graça e tentei desviar o olhar.
– Espera aí... - Algumas outras meninas começaram a me olhar também.
Uh-oh... Acho que estou prestes a ser atacada pelas fãs... De novo!
Uma das garotas abaixou o meu óculos e eu dei um sorrisinho, dando alguns passos para trás. Uma que não estava tão próxima assim gritou:
– É A JULIE EVANS! - Ela disse.
– Não sou não... - Eu tentei disfarçar, sem muito sucesso.
A gritaria começou e eu tive que sair correndo, com todas elas atrás de mim. Entrei no táxi e pedi para que o motorista saísse dali correndo.
Eu até poderia ficar ali para conversar com elas se não tivesse certeza de que seria atacada pela maioria.
Eu olhava para trás, com o óculos torto e meu cabelo bagunçado.
– Você é algum tipo de celebridade? - O motorista perguntou.
– Na verdade não, mas sou amiga de alguns... - Eu disse, tentando arrumar o meu cabelo.
– Entendi... - O motorista riu e começou a ir para o palácio.
Ao chegarmos, pedi para ele esperar novamente e eu corri até o backstage para ver se tinha alguém ali, eu poderia ter uma chance de que eles estivessem passando o som ou qualquer coisa do tipo.
Cheguei até um segurança e tentei não parecer nervosa.
– Hey... Você por acaso sabe se o Justin Bieber está aí dentro? - Eu perguntei.
– Não posso dar essa informação, senhorita. - O segurança respondeu.
– Isso quer dizer que ele está? - Eu perguntei.
– Não... - O segurança disse.
– Então ele não está? - Eu perguntei.
– Talvez... - Ele respondeu.
– Ele não pode estar e não estar ao mesmo tempo em um lugar... - Eu disse.
– Você tem razão. - Ele começou a ficar pensativo.
– Então, ele está? - Eu perguntei.
– Não, não está. - O segurança respondeu.
– Obrigada! - Eu sorri e saí andando, rindo ao ouvir o segurança tentando me chamar por eu ter acabado de conseguir uma informação que ele não poderia dar.
Voltei para o táxi e pedi para que ele me levasse a alguma loja de roupas elegantes, afinal, eu teria uma festa para ir hoje à noite.
Pegamos um pouco de trânsito e eu aproveitei para pegar meu celular e começar as ligações.
Liguei primeiro para Justin, que novamente chamou, chamou e novamente não entendeu.
– Ai garoto! Tem celular para que então, enfeite? Jogar PacMan? - Eu disse, irritada.
Olhei na minha agenda e sorri ao encontrar o telefone de Usher, comecei a ligar. Eu tinha uma esperança já que esse era o celular pessoal dele que ele sempre falava na mensagem de sua caixa postal onde poderíamos encontrá-lo. Como o esperado, ele não atendeu, mas sua linda caixa postal sim.
"Yo, esta é a caixa postal do Usher. Não pude atender no momento, se for uma urgência você pode me encontrar no Swissotel The Howard em Londres, ou deixe uma mensagem que eu retorno a ligação."
Swissotel! Mas é claro! Que burra que eu sou! Esse é um dos hotéis mais procurados e caros de Londres, é óbvio que eles iriam para lá. Me preparei para deixar uma mensagem.
– Usher, hey! É a Julie aqui, desculpe estar ligando, mas é que eu estou em Londres, não fale nada ao Justin, pois quero fazer uma surpresa. Vou encontrar vocês no seu hotel mais tarde está bem? Amo você! - Eu sorri e desliguei o telefone.
Fui em umas três lojas e não encontrei um vestido que realmente me agradasse, todos eram muito espalhafatosos e eu não queria chamar atenção. Não sabia que a premiere era esse fim de semana então por isso não havia colocado vestidos assim na minha mala. Eu deveria saber que nessa minha vida maluca de agora, tudo poderia acontecer, então é melhor sempre estar preparada.
Almocei em um restaurante perto do London Eye e acabei me distraindo com um filme que passava em uma televisão enorme que tinha no local. Quando vi, já estava tarde. Olhei na minha bolsa e percebi que tinha esquecido minha identidade, nada legal. Tive que voltar correndo para o hotel para pegar meu documento e aproveitar para escovar o dente e retocar a maquiagem. Não demorei quase nada, desci correndo novamente e peguei outro táxi, indo então para o hotel onde Usher estava hospedado. Chegando lá, paguei ao taxista e entrei no hotel.
Fui até a recepção e me dirigi à uma mulher.
– Quarto de Usher Raymond, por favor... - Eu disse.
– Da parte de quem? - Ela perguntou.
– Julie Evans. - Eu respondi.
– Seus documentos por favor? - Ela me pediu, eu abri a bolsa e entreguei tudo certinho para ela. - É conhecida do hóspede?
– Sim, sou amiga dele. - Eu respondi.
– Um minuto, vamos pedir permissão. - Ela me entregou meus documentos e pegou o telefone, ligando para o quarto de Usher.
Eu não estava acreditando que faltava muito pouco para eu encontrá-los. Estava tão ansiosa, tão feliz que não conseguia conter o sorriso no meu rosto.
Olhei em volta, o hotel também era lindo! Muito luxuoso e parecia extremamente caro. Caro para mim, é claro, porque para Usher, puff!
Eu estava extremamente feliz, quando...
– Desculpe, senhorita, ninguém atende no quarto do Sr. Raymond. Não podemos autorizar sua subida sem a conscientização do hóspede. - Ela disse.
– Ah... - Mas que DROGA! - Você sabe se ele saiu? Eu preciso muito encontrar ele.
– Julgando pelo horário, deve estar almoçando no hotel ou saído para almoçar em algum dos restaurantes da cidade. - Ela disse.
– Não tem como verificar se ele está no restaurante do hotel para mim, por favor? - Eu pedi, praticamente implorei na verdade.
– Não creio que seja possível, estaremos interrompendo a privacidade do hóspede. - Ela disse.
– Isso é extremamente importante para mim... Eu não quero te ofender nem nada, mas se tiver um preço para você fazer isso para mim é só dizer. - Eu disse, praticamente desesperada.
– Tem um sapato da Chanel que custa 250 euros que eu estou louca para comprar. - Ela disse, descontraída. Eu estava xingando ela por dentro, mas ok, eu estava muito desesperada no momento.
– Ótimo, aposto que vão ficar lindos em você! - Abri minha carteira e tirei 250 euros, sobrando apenas 50 do que eu havia tirado da minha conta, e entreguei à mulher. Olá, falência!
– Agradeço. - Ela disse, pegando o telefone e ligando para o restaurante do hotel.- Lewis, Usher Raymond está no restaurante?
Eu fiquei esperando ansiosamente, olhando para ela, tentando decifrar sua expressão.
– Hmm... Hm, certo. Obrigada. - Ela respondeu à pessoa da linha e logo me olhou. - Sr. Raymond saiu com seu motorista do restaurante tem uns 30 minutos, senhorita. Não sabemos para onde ele possa ter ido.
– Obrigada. - Eu sorri fraco e saí do hotel, descendo os degraus e me sentando lá.
Coloquei as duas mãos no meu cabelo, fechando os olhos e parando para pensar um pouco. Como eu conseguiria falar com eles? Mas que droga!
Depois de uns 5 minutos ali, tomei coragem para pegar novamente o meu celular e ligar para mais alguém. Encontrei o número do Scooter e liguei, sem esperança.
Chamou, chamou, chamou... Até que...
– Scooter. - Ele disse.
– Scooter? - Eu disse, arregalando os olhos e me levantando. - É você?
– É, se você ligou para o celular do Scooter e eu atendi falando "Scooter" deve ser porque sou eu. - Ele disse, rindo.
– Aqui é a Julie! - Eu disse, ofegante.
– Eu sei quem você é, eu tenho identificador de chamadas, eu não sou tão pobre assim... - Ele disse, rindo.
– Bobo... - Eu ri, estava feliz novamente. - Onde vocês estão?
– Por que quer saber se está do outro lado do Atlântico garota, vá estudar, assistir Chelsea Lately, sei lá... - Ele disse, brincando.
– Não, Scooter! Você tem que me escutar, eu não estou em Atlanta, eu peguei um avião na sexta e estou... - Eu tentei falar.
– Olha, linda, acabamos de chegar na BBC para uma rápida entrevista, depois nos falamos ok? Foi ótimo falar com você, estamos com saudades. Beijos! - Ele disse, desligando o telefone na minha cara.
– SCOOTER! - Eu gritei, algumas pessoas me olharam mas eu não me importei.
Naquele momento eu estava morrendo de raiva, ele não tinha nem me deixado falar! Mas que droga! Quase ataquei meu celular no chão.
Me sentei novamente e revirei a minha lista de contatos. Liguei para Ryan Butler, o melhor amigo de Justin, mas ele também não sabia dizer exatamente onde o amigo estava. Tentei ligar para Pattie mas seu celular estava desligado.
Eu estava com vontade de chorar de tanta raiva. Tudo parecia extremamente impossível naquele momento. Decidi que procuraria pela minha roupa para festa e que entraria nessa festa de qualquer jeito.
Passei a tarde em lojas procurando os melhores trajes para a festa e para encontrar o meu namorado, que parece que está fugindo de mim.
Depois de achar o vestido perfeito, o sapato perfeito, os acessórios perfeitos e a maquiagem perfeita, fui para o cabeleireiro. Eu estava tão mal acostumada assim tudo por causa da Ashley, sério.
O cabeleireiro prendeu meu cabelo pela metade, deixando ele uma parte liso e tendo em suas pontas uns cachos muito bem feitos. Ele prendeu meu cabelo com uma flor roxa que eu tinha comprado mais cedo.
Logo fui para o meu quarto de hotel terminar de me arrumar, coloquei o meu vestido e a sandália linda que eu tinha comprado. Coloquei meus acessórios e fui para o banheiro me maquiar.
No fim de tudo, eu achei que estava linda, modéstia parte. Também, quem não ficaria com aquelas roupas londrinas maravilhosas?
Tudo aqui é maravilhoso, maravilhoso e maravilhoso.
Fiquei alguns minutos no meu banheiro, pensando.
Eu ficaria tão desapontada se não conseguisse encontrar ele. Alguns pensamentos pessimistas passavam na minha cabeça e eu tentava arrancar eles fora, com muita dificuldade.
Minha ansiedade para encontrá-lo só piorava tudo.
O fato de aquela viagem poder ter sido uma péssima ideia estava me perturbando. Eu nunca fui uma pessoa paciente e não seria agora que começaria a ser. Isso não é algo bom, porém, mesmo assim, eu tinha muito a perder. Coloquei meu sobretudo por cima do vestido e desci do hotel para pegar novamente um táxi. Entrei no táxi e pedi para que o homem me levasse ao palácio de Buckingham.
Suspirei, olhando o caminho que percorríamos enquanto nos dirigíamos para o palácio. Eu tinha um péssimo pressentimento dentro de mim que eu não sabia o que era. Achei que era mais um pessimismo então comecei a me colocar um pouco de motivação.
"Você vai conseguir, vai ver ele, ele vai sorrir pra você e ficar feliz de te ver ali e tudo vai ter valido a pena".
Coloquei um sorriso no meu rosto e esperei que o palácio chegasse. Assim que isso ocorreu, paguei ao taxista e sai do táxi, olhando a multidão de pessoas que estavam ali no pátio.
Me lembrei das dicas de Usher para entrar no backstage de qualquer show.
Primeiro passo: Pose de alguém da equipe.
Bom, supondo pelos meus trajes, eu estaria mais para uma maquiadora. Então peguei meu celular e fingi estar ligando para alguém da equipe, me aproximei dos seguranças do backstage.
– Sim, Lindsay, peguei tudo o que precisamos dentro da van, estou indo para o camarin, não se preocupe. - Eu disse, passando pelos seguranças e sorrindo, até que...
BABY BABY BABY OOH!
Meu celular estava tocando. Eu parei e fechei os olhos. Senti passos vindo na minha direção, soltei uma risada e olhei para o visor: Era Ashley. Eu te mato mais tarde amiga. Olhei para os dois seguranças que estavam cada um do meu lado.
– Heeey... Como vai a família? - Eu ria super sem graça.
– Bela tentativa mocinha. - Um deles disse, pegando no meu braço.
– Ok, ok, ok... ESPEREM! - Eu gritei sem querer, logo sorrindo sem graça. - Eu posso explicar! Meu nome é Julie Evans...
– Ah, e o meu é John Travolta. - O outro segurança disse, rindo.
– Não, não é, você está muito mais em forma do que o John, pode apostar. Anda fazendo academia? - Eu disse, tirando uma poeirinha da jaqueta do segurança.
– Você tem ótimas tentativas garota, mas não vai rolar. - O segurança a quem eu me dirigi disse.
– Por favor, eu realmente sou Julie Evans, sou amiga do Usher e do Scooter Braun e sou... amiga... do Justin também! - Eu disse enquanto eles me expulsavam do local.
– Claro, todas são. - Eles diziam, rindo.
– Ah, ÓTIMO! Eu vou ficar aqui esperando eles entrarem! - Eu dei um sorrisinho e cruzei os braços, batendo o pé.
Os dois começaram a conter o riso, sem sucesso. Eu fechei os olhos e sorri, me conformando. Olhei os dois e balancei a cabeça.
– Eles não vão entrar por aqui, vão? - Eu perguntei.
– Nop. - Os dois disseram juntos.
– Ah... Ótimo... - Eu disse saindo dali. Andei pelo local até chegar à outra porta do Backstage.
Para a minha infelicidade, havia umas mil garotas só naquele local.
– Yay... - Eu disse, nada animada.
Eu tinha que pensar rápido para tirar todas aquelas garotas dali, olhei para a outra porta do backstage, por onde eu havia tentado entrar e sorri de canto.
Respirei fundo e agi.
– HEY, JUSTIN BIEBER ESTÁ ENTRANDO PELA OUTRA PORTA DO BACKSTAGE! CORRAM! - Eu berrei bem alto.
Dito e feito. Todas as garotas olharam para trás e saíram correndo em direção à outra porta, trombando em mim, claro, que caí no chão. Nada mais justo.
– Arg, hormônios! - Eu disse, bufando. Me levantei e limpei a roupa.
Peguei meu celular de novo e tentei novamente dar o golpe da maquiadora.
– Você me pediu para pegar os dois kits, eu fui até a van e não os achei, tem certeza que o John não levou para o camarin, Jennifer? - Eu disse, caminhando até a entrada, até que. - O que vocês dois estão fazendo aqui?
– Nós dois revezamos as portas com os outros dois seguranças. - Os dois seguranças que tinham falado comigo há pouco estavam na outra porta agora. Wee, que sorte hem! É, não.
– Ah... Como sou sortuda. Vou pensar em algo para passar por essa porta, vocês vão ver! - Eu disse, com um ar desafiador. Fechei os olhos e pensei, até que resolvi apelar. - POR FAVOR! Eu preciso entrar. O que vocês querem para que eu entre no camarim?
Os dois se entreolharam e sorriram. Eu franzi a testa e sai correndo.
– Nem você vale minha dignidade Bieber. - Eu disse, bufando e chutando uma pedrinha.
Peguei meu celular e tentei ligar para o Scooter novamente.
Chama... Chama... Chama... Chama... Chama...
– Você deve estar querendo ter um affair comigo, garota, porque não é possível! - Ele disse, logo quando atendeu.
– Cala a boca Scott! - Eu chamei ele pelo nome verdadeiro, ele bufou. - Eu preciso da sua ajuda!
– Ah, sério? Precisa da minha ajuda quando estou do outro lado do atlântico, espertinha você hem! - Ele disse, irônico. - Olha eu estou atrasado, estou me trocando sendo que já deveria estar na van.
– Ok, mas você tem que me ouvir, eu prometo ser rápida, só preciso de um minuto seu! - Eu disse, ofegante.
– Ok... 59... 58... 57... - Ele disse.
– Eu estava bêbada na sexta e... - Eu tentei dizer.
– Traiu o Bieber? Que coisa feia Julie. - Ele dizia.
– Cala a boca Scooter eu não fiz nada disso! Me deixa falar! - Eu berrei, brava.
– Ok ok, furiosa! - Ele dizia, rindo.
– Eu peguei um avião e estou em Londres, preciso encontrar vocês! Por favor, me diga onde vocês estão! - Eu disse e fiquei esperando a resposta. - Scooter?
Quando olhei meu celular, a bateria havia acabado.
– O QUE? - Eu disse, indignada. - Só era isso que me faltava.
Saí do local e peguei um táxi para achar uma loja de carregadores de celular, enquanto o show não começava.
Achei, comprei um e carreguei meu celular até que um segurança disse que eu não poderia fazer isso. Ah, que legal, agora eu sou uma fora da lei por tentar carregar o celular.
Tirei o celular da tomada e fui procurar outro lugar.
Por mais que eu estivesse de sobretudo, estava morrendo de frio. Londres é sempre um congelador à céu aberto e com o passar das horas ficava ainda mais frio.
Andei um pouco até que encontrei uma cafeteria que me deixou carregar um pouco o celular. Finalmente um lugar com bom senso!
Carreguei por 40 minutos enquanto tomava um café, olhando o show pela televisão. Na verdade eu queria dar um tiro naquela televisão de tão estressada que eu tava.
Ele estava tão perto, tão perto de mim! E mesmo assim tão longe.
Eu não poderia chegar perto dele.
Estava me sentindo como qualquer uma... Qualquer uma em um milhão.
Mais uma fã, apenas isso.
Eu nunca senti tanta falta de estar com ele e ouvindo ele me dizer que eu não era nada disso, que era a garota favorita dele.
Suspirei e deslizei a ponta do dedo pela borda do copo de isopor de café do Starbucks.
– When I met you boy my heart went knock knock... – Eu disse, sorrindo.
Quando vi que meu celular estava consideravelmente carregado, guardei tudo e agradeci aos funcionários da cafeteria por me deixar carregar.
O que eu não sabia era que o Justin não ficaria no palco enquanto o videoclip estreasse, ele apenas faria uma curta apresentação e então iria para a festa para ver o clipe lá, com alguns amigos e imprensa selecionada. Antes de eu sair da cafeteria ele já tinha saído do local, mas não há muito tempo. Provavelmente passaria um tempo no camarim se trocando então eu tinha uma vantagem. Peguei outro táxi, mais um para a coleção, e fui ao Hotel 41.
Tinha um tapete vermelho e muitas fãs em volta desse, sendo contidas por umas barras. Por mais que eu tenha medo de ser atacada por elas, não me importava. Eu tinha que chegar perto dele, ele tinha que me ver para me tirar dali.
Entrei no meio delas e fui cotovelando todas até chegar na frente. Consegui chegar e ignorei as reclamações. Esperei uns 15 minutos e até conversei com algumas garotas ali, muito amigáveis por sinal.
Quando um carro branco parou na entrada do hotel, a gritaria foi imensa. Meu estômago revirou assim que eu me virei para olhar.
A porta se abriu, Kenny, o segurança saiu. Depois Scooter Braun saiu.
Eu não conseguia esperar para vê-lo, eu comecei a gritar.
– SCOOTER! SCOOOTER!
Inútil. Meu grito era apenas um sussurro perto do grito de todas aquelas garotas. Eu me sentia impotente, sem conseguir fazer nada. Meus olhos se encheram de lágrimas mas eu continuei gritando, até que minha voz se cessou.
Usher saiu, passando depressa pelo Hall do hotel. Em sequência, meu namorado, Justin, saiu do carro. Eu sorri e fui pegar ar para gritar quando nada mais fazia sentido.
Ele saiu de mãos dadas com uma garota.
E para piorar tudo...
Essa garota era Jasmine Villegas.
Eu fiquei sem chão.
Meus olhos observaram o trajeto dos dois, de mãos dadas, entrando no hotel. Tive até um brinde de ver meu namorado colocando a mão na cintura da Jasmine e levando-a para dentro.
Meus olhos se encheram de lágrimas e minha visão foi escurecendo, eu fui me sentindo fraca. Eu tinha que sair daquele local.
Fui tentando sair daquela multidão, mas tudo que se passava na minha cabeça é que tudo fora em vão, a viagem, os meses juntos, tudo.
Por que ele tinha feito isso? Por que? Por que estava de mãos dadas com a garota que eu mais odiava no mundo? Eu não entendia, não fazia sentido. Eu estava ficando sem ar. Saí andando por algum lugar que eu nem sabia onde era, parecia um beco, eu só sei que queria ficar andando e só parar quando a dor passasse.
Fiquei andando junto com a parede até que alguém abriu uma porta, batendo com tudo em mim e me fazendo cair no chão.
Ah... Que perfeito. - Eu pensei.
– Espera aí que eu acho que matei alguém... - Essa voz era conhecida, mas eu estava muito mal para me lembrar.
– Se não matou... Que pena. - Eu sussurrei para mim mesma, ainda no chão, sem forças para me levantar.
– Espera aí... Eu conheço você. - O dono da voz dizia.
Sério? Eu não me importava. Tudo o que eu queria era voltar para casa naquele momento.
– JULIE? - Ele gritou.
– Prazer... - Eu disse, tentando me levantar, um pouco tonta.
– Vem, garota, eu te ajudo... - Ele me pegou e me levantou, me ajudando a me limpar. - O que está fazendo aqui?
– Quem é você para falar assim comigo? - Eu disse, com uma mão na cabeça, fechei os olhos e suspirei, logo abrindo eles e vendo Scooter Braun na minha frente. - Scooter?
Eu disse, em uma voz sutil, como quem não acreditava e pensava que estava sonhando.
– Sim, sou eu, Scooter! - Ele dizia, sorrindo. - O que raios você está fazendo aqui garota?
– Eu... Ahm... - Eu fechei os olhos pensando em uma resposta.
– Vem... Vamos entrar, é melhor você se sentar. - Ele me ajudou a subir as escadas e entrar no hotel.
Me sentei e tomei um pouco de água, ficando melhor logo. Scooter se sentou na minha frente e me olhou, um pouco preocupado.
– E então...? - Ele me olhava. - Qual é a história?
– Eu não aguentei Scoot. Eu estava morrendo de saudade dele e simplesmente não aguentei. Peguei um avião e vim para Londres, estou o fim de semana inteiro tentando falar com vocês. Eu acordei super cedo hoje, andei a cidade inteira, tive um milhão de frustrações e ainda mais agora...
Enquanto eu dizia, lágrimas nasciam nos meus olhos e minha voz ficava em um tom muito triste. Scooter acariciou o meu rosto amigavelmente.
– Vai ficar tudo bem... Agora você está aqui com a gente. - Ele disse, tentando me animar.
– Não acho que vá ficar tudo bem... - Eu olhei para ele. Meus olhos verdes estavam brilhando de tantas lágrimas. - Por que Jasmine Villegas estava com vocês?
– Ah... Ela estava em Londres com o empresário dela e Justin convidou ela para ficar conosco... - Ele respondeu.
– Justin convidou ela. - Eu ria, de uma forma como se já pudesse esperar aquilo. - Claro que convidou.
– Não fique assim Julie... Não significa nada. - Ele ainda acariciava meu rosto.
– Claro que significa! - Eu abaixei o olhar. - Significa que ele prefere ficar de mãos dadas publicamente com uma famosa que lembra a Alicia Keys só que nunca vai ser tão boa quanto ela, do que comigo. Ele poderia ter me ligado, poderia ter me avisado que o NOSSO clipe iria sair hoje. Ele não se importa... Eu fui só mais uma na vida dele.
– O que está acontecendo aqui? - Uma voz disse. Quando eu olhei, era Usher. Eu queria sorrir por vê-lo, mas não conseguia.
– Hey... - Foi tudo que saiu.
– Julie? - Ele se aproximou depressa. - Não sabia que viria para cá!
– Nem eu... - Scooter disse.
– Muito menos eu... - Eu ri de leve, limpando meu rosto das lágrimas. - Eu vim pra cá por impulso, porque não aguentava de saudade de vocês, e olha só o que deu.
Usher sentou do meu lado e me abraçou. Eu expliquei para ele tudo o que aconteceu e ele suspirou. Acariciava o meu ombro, tentando me confortar. Me deu um beijo na cabeça e então me disse:
– Eu também nunca gostei muito das atitudes dessa garota. Mas acho que você tem que esclarecer tudo com o JB primeiro. - Usher disse.
– E como você mesma disse, é o seu vídeo com ele, e não com ela. - Scooter disse. - Vai lá, você é a namorada dele, não ela.
– Não foi o que pareceu para todo mundo que estava lá fora. - Eu disse, suspirando.
– Julie... Você é a garota mais incrível que a gente conheceu. É linda, tem atitude, é super "pé no chão", é amiga, sempre ajuda todos que precisam... Você é única, garota. - Scooter disse.
– Sim, você sabe disso. Não se deixe abalar por causa de uma coisa dessas, eu sei que o seu sentimento é mais forte. - Usher disse.
Eu fiquei pensando por alguns segundos até que suspirei e me levantei, estendendo a mão para os dois.
– Vamos, vocês não vão querer perder a festa. - Eu sorri de leve e eles pegaram as minhas mãos.
Fomos para o salão enorme onde iriam passar o vídeo de "Up" daqui a alguns minutos.
Quando estávamos na entrada. Usher me ajudou a tirar o meu sobretudo e então, meu lindo vestido ficou à mostra.
(Roupa: http://bit.ly/aADKqK)
Apesar de tudo, eu ainda me sentia bonita.
– Wow! - Scooter disse, sorrindo. Pegou minha mão e me fez dar uma voltinha. - Linda como sempre!
– Bobo! - Eu sorri e abracei ele de lado.
– Ele tem razão sabe! - Usher disse, me dando outro beijo na cabeça.
– Vocês são uns bobos! - Eu disse, rindo e sorrindo para os dois.
Virei o meu rosto e meu cabelo esvoaçou, mas meu sorriso sumiu.
Do outro lado do salão, Justin estava de frente para Jasmine e os dois estavam rindo. Não sei se ela estava me olhando, só sei que logo em seguida ela o beijou.
Scooter e Usher seguiram meu olhar e viram também a cena, logo suspirando.
– Algum discurso de motivação pronto aí Usher? - Scooter perguntou.
– Tenho que pensar, vou precisar de um muito bom... - Usher respondeu.
Eu engoli seco e abaixei o olhar. As lágrimas voltavam, até que eu senti Usher me abraçando.
– Calma, vai ficar tudo bem eu prometo. - Ele dizia tentando me deixar melhor.
Justin Bieber POV;
– Eu concordo com você! - Eu disse, rindo. - Esses caras da imprensa não podem ser mais feios e parecerem mais chatos! Mas mesmo assim a gente tem que sorrir para eles... Tão irritante isso!
– Sem contar que eles se matam por qualquer notícia nova nossa né? - Jasmine disse, rindo. - Coitados...
– Nós precisamos deles Jas... Acredite. - Eu disse, olhando os caras e rindo. - Mas que eles parecer ser muito chatos, parecem.
Peguei meu celular e olhei minha foto com a Julie nele, sorri e comecei a digitar uma mensagem, rapidamente.
"Hey, princess... Não tive um tempo para avisar, mas nosso videoclip estreia hoje, mal posso esperar para ver a cara de todos quando assistirem. Estou morrendo de saudade de você, queria ter você aqui comigo.
Minha princesa.
♥"
Jasmine olhava para o salão, provavelmente vendo quem estava chegando.
Quando eu fui enviar, fui surpreendido por um beijo vindo de Jasmine. Eu não estava entendendo mais nada, eu havia deixado bem claro para ela que só éramos bons amigos e que nunca poderíamos ter algo a mais do que amizade.
Eu parei o beijo e olhei ela, franzindo a testa.
– O que você está fazendo? - Eu perguntei.
– Beijando você. - Ela disse, acariciando o meu rosto.
Jasmine Villegas POV;
Eu nunca realmente entendi a razão do Justin nunca querer algo comigo. Era tão óbvio para todos, inclusive nossos fãs, que estávamos juntos. Só faltava colocar isso em prática. Porém, como uma boa amiga, ouvi ele o dia inteiro falando da tal da Julie Evans... Arg! Mal conheço essa garota e já não a suporto! Quem ela é? Uma ninguém, com certeza. Não sei o que ele vê nela.
Sem contar que isso realmente não vai durar, pelo menos não enquanto eu estiver por perto.
Vi Justin pegar o celular e vi a foto dos dois juntos, ali. Revirei os olhos e olhei para a entrada do salão. Arregalei os olhos, não poderia ser verdade!
Olhei de novo para a tela do celular e de volta para a entrada.
Ela estava ali! Pronta para arruinar todos os meus planos! Mas que ódio!
Eu tinha que fazer alguma coisa, e rápido!
Quando vi que ela estava olhando para nós dois, não pensei duas vezes, beijei Justin sem me importar.
Era bom tocar aqueles lábios novamente.
Porém por pouco tempo, pois ele parou tudo rapidamente.
– O que você está fazendo? - Ele me perguntou.
– Beijando você. - Eu disse, mordendo o lábio e acariciando o rosto dele.
– Eu te disse que eu tenho namorada Jasmine! - Ele tirou minha mão do seu rosto. - E eu amo ela.
– Justin, como você pode amar uma garota que conhece há dois meses? - Eu disse, indignada.
– Eu amo... E você deveria entender isso. - Ele balançou a cabeça negativamente e saiu de perto de mim.
– JUSTIN! - Eu gritei, tentando trazer ele devolta.
Julie Evans POV;
Eu estava me sentindo sufocada, eu não aguentava mais aquilo. Por que ele queria me machucar? Por que?
Faltava pouco tempo para as 23 horas e logo eu poderia ir embora daquele lugar, daquela cidade, daquele país.
Poderia chorar sozinha, aguentar tudo sozinha. Porque eu me dou bem sozinha. Sem preocupar ninguém.
Porém eu sabia que isso seria mais do que insuportável para mim. Justin era a minha felicidade, sem ele, eu não era feliz.
– Quer beber algo? - Scooter disse, me oferecendo.
– Claro... - Eu sorri. - Eu vou ao toillet, já volto...
– Ok... - Usher sorriu para mim e seguiu Scooter para pegar uma bebida.
Fui ao banheiro e arrumei minha maquiagem, que felizmente não estava tão borrada assim. Eu sabia que aquilo era inútil, já que eu provavelmente a borraria de novo mais tarde.
Sai do banheiro cabisbaixa, encarando o chão e suspirando.
Até que trombei com alguém e tive que levantar o olhar para me desculpar.
– Me desc... - Tarde demais.
– Julie? - Justin disse, arregalando os olhos e começando a dar aquele sorriso lindo que ele tem e que eu sempre dizia ser meu.
– Justin... - Eu dei um sorriso fraco e saí de perto dele, indo até a varanda do lugar.
– Hey... Onde você está indo? - Ele me seguiu e entrou na varanda comigo, só tinha nós dois ali.
– Fugindo de você... - Eu disse, tentando manter minha voz firme, porém, ela já estava ficando chorosa de novo.
– Por que? - Ele disse, pegando na minha mão.
Soltei a minha mão da dele e me virei, para ele. Não conseguia conter as lágrimas nos meus olhos.
– Por que você não vai ficar beijando a Jasmine? Ela não vai ficar fugindo de você! - Eu disse, muito triste.
– O que? - Ele disse, sem entender. - Eu não beijei a Jasmine. Ela me beijou, do nada! Agora eu sei porque...
– Por que? - Eu disse, com a mão tremendo.
– Por que eu contei para ela que estamos namorando e ela deve ter ficado com ciúmes, e provavelmente te viu antes de mim, por isso fez isso... - Ele explicou.
– Isso não ajuda em nada... Eu vi vocês entrando de mãos dadas... Justin eu viajei sozinha até aqui e passei o dia inteiro tentando falar com você quando eu não conseguia. Você me liga de vez em quando, manda uma mensagem as vezes, eu sinto a sua falta, muito! E você parece que não se importa... Eu sei, sei que você tem a sua vida, suas viagens, todo o seu trabalho... Mas... Eu me sinto sufocada. Eu preciso de você. E ela... Ela pode estar com você quando eu não posso, essa é a pior parte.
– Julie... - Ele tentou falar, tocando no meu rosto.
O relógio bateu à meia noite e o Scooter falou na frente de todos. Eu fechei os olhos e suspirei.
– Vamos... Vai estrear o clipe... - Eu disse, saindo de perto dele e voltando para o salão.
Ele não me seguiu de imediato, demorou alguns segundos mas logo se posicionou do meu lado.
Jasmine se aproximou de nós dois e ele colocou a mão na minha cintura e se dirigiu a ela:
– Se não se importa, gostaria de ficar sozinho com a minha namorada. - Ele parecia bravo.
Eu não tive uma reação, mas se não estivesse tão triste, estaria rindo da cara de taquara raxada que ela fez.
Ele estava tão perto. Eu conseguia me sentir em seus braços novamente, me sentir segura, amada. Ele me olhava mas não dizia nada. Eu o olhava mas não dizia nada. Abaixei o olhar e mordi o lábio. Eu ainda estava nos braços dele. Não conseguia sair dali. Mas também não acreditava que finalmente estava ali.
Nos sentamos nas primeiras cadeiras e eu cruzei as pernas, colocando as duas mãos no colo. Ele aproximou a mão dele, timidamente, da minha e entrelaçou-as. Eu não rejeitei. Sorri fraco e olhei para a tela.
O clipe iria começar...
No começo da música, enquanto Justin não começava a cantar. Apareceu "JUSTIN BIEBER" e depois "UP", tendo de fundo um enorme jardim de rosas vermelhas.
A câmera percorreu um caminho, rapidamente, pelas ruas de Paris, até chegar no Museu do Louvre. Encontrando Justin Bieber de costas olhando o retrato da Mona Lisa. Ele estava com sua roupa social vermelha e preta.
A câmera virou, tendo agora de frente o rosto de Justin, que começou a cantar.
It's a big, big, world
Is easy to get lost in it...
Ele olhava para frente, mas logo abaixou o olhar.
You've always been my girl
And I'm not ready to call it quits.
Ele volta a olhar a câmera e sorri de leve, balançando a cabeça negativamente. Justin olhou para o lado e viu uma garota que também olhava a Mona Lisa, porém a olhava com fascinação. A garota era eu.
We make the sun shine in the moon light
We can make the grey clouds in blue skies
Ele se fascina com a garota e sorri. Olha para o lado e rouba uma rosa vermelha de um vaso ao lado da Mona Lisa. Ele entrega a rosa para a garota.
I know it's hard
But baby believe me
A garota olha a flor, depois olha o Justin, olhando-o com uma expressão de quem tenta decifrar o real motivo para ele ter lhe dado a rosa vermelha. A garota abaixa o olhar e sorri radiante, mordendo o lábio levemente.
That we can't go
Nowhere but up
From here
My dear
A garota volta a olhar para Justin, com seus belos olhos verdes e então desvia seu olhar, roubando uma rosa do outro vaso ao lado da Mona Lisa. Porém, ao invés de dar a rosa à Justin, ela dá apenas uma pétala da rosa vermelha a ele.
Baby we can't go nowhere but up
Tell me what we got to fear
Justin sorri e aceita a pétala, sem entender. Apenas acompanha com seus olhos o sorriso da garota.
We are taking to the sky
Pass the moon to the galaxy
A garota olha a rosa e tira mais uma pétala da mesma. Morde o lábio ao fazê-lo e dá uns passos para trás, jogando a pétala no chão.
As long as you're with me baby
Honestly with the strenght of our love
We can't go nowhere but up
Ela sorri e tira mais uma, ainda andando para trás, só que agora um pouco de lado. Ela joga outra pétala no chão, fazendo um caminho a ser seguido.
It's a big (big) world
And I'm gonna show you all of it
I'm gonna lish you with pearls
Justin olha o caminho das pétalas, anda um pouco e pega a primeira pétala caída no chão, olha para a garota que estava um pouco longe e sorri. Começa a ir mais depressa pelo caminho que ela faz ele seguir.
From every ocean
That we've swim in it
A garota começa a correr, jogando as pétalas pelo caminho. Quando a pétala de sua rosa acaba, ela para em uma bancadinha de flores e compra mais algumas, sorrindo.
We make the sun shine in the moon light
We can make the grey clouds in blue skies
I know it's hard
But baby believe me
That we can't go
Ela continua fazendo o caminho que Justin Bieber deveria seguir e assim ele o faz. Ela vai na frente, correndo, tendo seus cabelos esvoaçados pelo vento. Ela dá alguns giros sentindo a brisa fazer esvoaçar seu vestido também. Ela dá umas risadas e Justin também ri, correndo atrás dela.
Nowhere but up
From here
My dear
A garota sobe em cima de um chafariz e se equilibra, até que olha que um pouco mais a sua frente estava a Torre Eiffel. Ela sorri e olha Justin se aproximando.
Baby we can't go nowhere but up
Tell me what we've got to fear
Ela sai correndo, jogando as pétalas pelo caminho. Justin percorria o caminho cantando a música e olhando a paisagem em volta.
We are taking to the sky pass the moon to the galaxy
As long as you're with me baby
A garota começa a subir as escadas da Torre Eiffel que estavam vazias e Justin segue ela, cantando.
Honestly with the strenght of our love
We can go nowhere but up
Eles continuam subindo a escada até que a garota, no caso eu, paro e espero Justin me alcançar. Ele se aproxima de mim e pega no meu rosto e continua cantando.
Baby we were underground
We are on the surface now
We are gonna make it girl
I promise
Ele encosta a testa na minha e continua cantando. Ambos fecham os olhos.
If you believe in love
And you believe in us
We can't go nowhere but up
Ele canta com muita emoção nessa parte, abre os olhos e olha nos meus. Ele toca meu rosto e eu toco o dele, sorrindo. Porém eu saio de perto dele e volto a subir as escadas, chegando finalmente na parte alta da Torre Eiffel. Me apoio na grade e fecho os olhos para sentir o vento bater no meu rosto.
Baby we can go
Nowhere but up
From here
My dear
Justin chegou também ao mesmo ponto que eu estava e colocou a mão na minha cintura. Eu me virei para ele e ele pegou a minha mão. Me fez girar e depois me fez cair no seu braço, como em uma dança. Logo me levantando e me deixando muito próxima dele.
Baby we can't go nowhere but up
Tell me what we've got to fear
Nos olhamos e ele se aproximou, colando nossos lábios e me beijando apaixonadamente no clipe. Ficou lindo nosso beijo, tão lindo que eu fiquei com lágrimas nos olhos.
We are taking to the sky pass the moon to the galaxy
As long as you are with me baby
Honestly with the strenght of our love
We can't go nowhere but up
Logo paramos de nos beijar e sorrimos um para o outro, logo depois, olhando para cima. Olhando as estrelas. Olhando "Up".
Nowhere but up
Nowhere but up
Yeah
Nowhere but up
A câmera andou até o céu rapidamente, até que apareceu um cometa e o clipe acabou.
Todos aplaudiram de pé, nós dois nos levantamos e sorrimos, ficando ao lado de Usher, Scooter e o diretor do clipe. Na televisão, que mostrava o palácio da Buckingham, todas as fãs gritavam histéricamente, adorando o clipe.
Eu sorri que todos tinham gostado do nosso clipe, pois eu tinha amado.
Olhei ele e sorri, um pouco envergonhada. Peguei a mão dele e me aproximei, deixando ele me abraçar.
Depois do fim do clipe, ficamos mais um pouco na festa e então tivemos que ir embora.
– Quer vir se hospedar no nosso hotel, Julie? - Usher disse, quando estávamos todos já no carro. Eu ao lado de Justin, claro.
– Claro, depois que eu vender o meu porsche. - Eu disse, rindo.
– Boba, até parece que iríamos deixar você pagar. - Ele disse, sorrindo.
– Uhmm... Por que não? - Eu disse, sorrindo. Olhei para Justin e ele sorria e acariciava a minha mão. Meu sorriso diminuiu, não conseguia tirar a imagem dele com Jasmine da cabeça.
– Vamos fazer assim, vá para o seu hotel e pegue suas coisas e depois nos encontre no Howard Hotel okay? - Usher disse.
– Claro... - Eu sorri e desviei o olhar.
Eles me deixaram no Claridge's e foram para o hotel deles. Eu subi e entrei no meu quarto, me jogando na cama e me sentindo completamente exausta.
Peguei minhas coisas e fui para o hotel deles, sendo recebida maravilhosamente e tendo um quarto lindo para mim, no mesmo andar do deles.
Tudo parecia perfeito agora.
Eu tinha conseguido.
Mas então, por que eu não estava feliz?
Eu sentia que alguma coisa não estava certa nisso tudo. Alguma coisa deveria ser concertada e eu não ficaria bem enquanto isso não melhorasse.
Na realidade eu queria que Justin sentisse como eu me sinto. Como é ruim ficar longe de mim e sem poder falar comigo. Eu queria que ele visse que a minha vida não é menos difícil que a dele.
Queria que nós dois ficássemos no mesmo mundo, e não em dois mundos diferentes como estamos agora.
E o drama continua...
Passei um tempo com eles no quarto surpreendentemente grande de Usher, me divertindo. Ou até, me despedindo.
Logo fui para o meu quarto descansar.
Passei a noite no hotel para tirar um pouco do cansaço, porém, acordei cedo.
Pedi três papéis e três envelopes na recepção e logo foram entregues. Na escrivaninha do meu quarto, comecei a escrever bilhetes.
Um para Justin, um para Scooter e um para Usher.
Aqueles três homens da minha vida, por qual eu tinha muito carinho e amor.
Eu chorava enquanto fazia aqueles bilhetes. Chorava muito. Meu coração estava apertado por ter que fazer aquilo, mas eu tinha que fazer, se não nada ficaria certo novamente.
Meu coração estava chorando comigo.
Eu estava péssima.
Mas minha vontade de ser feliz com eles era maior. Então aquilo era necessário.
Escrevi os bilhetes e coloquei nos envelopes. Atrás de cada envelope, coloquei o nome dos três, cada um no seu respectivo envelope.
Coloquei os três na escrivaninha que era de frente para a porta.
Peguei minha mala e desci pelo elevador, avisei a recepcionista dos bilhetes e pedi para que ninguém mexesse neles, só os três.
Ela atendeu o pedido e eu peguei um taxi, rumo ao aeroporto.
Eles tinham que entender que eu amo eles, que faria tudo por eles. Porém, tudo tem limites e uma solução tem que ser achada.
Eu sei que acima de tudo eles compreenderiam.
Eu não podia mais ser a garota anônima que ficou famosa por causa deles. Isso não é ter amor próprio.
Eu precisava deles, dos meus amigos e do meu namorado.
Eu precisava de uma solução para isso tudo.
Mas no momento, eu preciso parar de chorar.
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COMENTEM COMENTEM COMENTEM!

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