4º capítulo - Yo Usher!

Desmaiar ou não desmaiar: Eis a questão. 

Era uma decisão realmente difícil, principalmente quando se tratava de ter o Usher a menos de um metro de você. 

Eu estava me decidindo que tipo de ataque eu teria quando minha visão foi escurecendo novamente. Ah não! De novo não!

– Levantei... Rápido... Demais... - Eu disse, lentamente.

Eu estava prestes a desmaiar quando senti uma mão me segurando e me colocando lentamente deitada no sofá. Quando retomei minhas forças, olhei para o lado, ainda não conseguia acreditar. Usher havia me segurado. Ele estava lá, me ajudando. Eram as mãos de Usher que tinham acabado de me segurar.

Eu, por fora, estava quieta...

Eu, por dentro, estava mais ou menos assim:

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHH!

Mas não é para menos. Não é todo dia que você tem o Usher para cuidar de você. Na verdade... Nenhum dia você tem isso. 

– Hey... Você está bem? - Usher perguntou para mim. Ele realmente parecia preocupado. 

Assenti com a cabeça e coloquei a mão na testa. Suspirei, aquilo realmente não estava nos meus planos. 

– Me... Desculpe... Eu... - Eu realmente não sabia o que dizer. O mico do século. 

– Hey girl, não se preocupe, a culpa não é sua. Deveríamos ter reforçado a segurança. Nós é quem estamos te devendo umas boas desculpas. - Ele dizia, sorrindo de um jeito gentil. Ele tocou meu queixo com o polegar de forma carinhosa. Eu não pude conter o sorriso.

Eu não sabia que o Usher era uma pessoa tão atenciosa e carinhosa. Claro que eu sabia que ele era um cara ótimo mas... Nunca pensei que fosse comprovar isso pessoalmente.

– Essas coisas acontecem... Fazer o que? É errando que se aprende... - Eu disse, a fim de deixar ele mais confortável com a situação. Aposto que ele estava bem tenso com tudo isso. 

– Está se sentindo como? - Ele insistia.

– Usher... - Respondi gentilmente. - Não se preocupe, eu vou ficar bem. A tontura já está passando e eu estou me sentindo bem melhor!

– Ótimo... Realmente fiquei preocupado quando vi você apagada entrando aqui... - Ele riu de leve. - Me deu um baita susto, garota.

– Me desc... - Eu tentei falar.

– Não precisa se desculpar... Estou só descontraindo a situação. - Ele me interrompeu e riu de leve. Eu sorri em retribuição. 

– Ok... Nada de desculpas, entendi. - Fiz pose de soldado e ele riu de um jeito divertido. 

– Consegue se levantar? - Ele me perguntou, ainda sorrindo.

– Com uma ajudinha, quem sabe... - Falei de um jeito inocente. Minha frase estava cheia de segundas intenções. Brincadeirinha. 

– Está bem... Me dê a sua mão que eu te ajudo. - Ele estendeu a mão.

Peguei a mão dele com a minha e ele me ajudou a ficar sentada no sofá. Eu sorri em agradecimento e tive que me lembrar de soltar a mão dele, se não, juro, eu a seguraria para sempre. É uma sensação incrível de poder segurar a mão de um dos seus ídolos. Estava me contendo para não tirar uma lasquinha de Usher. Só não cometi a gafe porque não queria parecer maluca. 

– Obrigada... - Eu ajeitei o meu cabelo rapidamente.

– Sean, pegue aí no refrigerador uma garrafa de água, por favor... - Usher disse, me olhando. 

– Está bem... - Eu vi um homem se levantando e atravessando a sala em direção a um pequeno refrigerador.

Aquele homem era ninguém menos do que Sean Kingston! O "Eenie Meenie Miney Mon lova"! Fiquei de boca aberta. Porém, me contive depois de um tempo.

Usher deu uma risada divertida, provavelmente por causa da minha cara quando vi Sean. Sean também riu. Eu não consegui deixar de rir também. Minha cara deveria estar hilária.

Sean se aproximou e me entregou a garrafa de plástico com água gelada dentro. Eu peguei e agradeci. É, eu iria precisar de muuuita água. 

– Melhorando? - Usher perguntou. 

– Sim... Beeem melhor. - Eu sorri e vi Sean pegando uma cadeira e se sentando próximo de nós dois. - Na verdade eu acho que ainda estou desmaiada... Sério.

– Por que? - Sean perguntou, rindo.

– Por que eu estou vendo Usher e Sean Kingston bem na minha frente! - Eu balancei a cabeça e tomei mais um pequeno gole de água. - Isso só pode ser um sonho...

Usher se aproximou e me beliscou. Soltei um "Ai!" seguido de risos. Os dois me acompanharam nas risadas.

– Eu estava fazendo um pouco de drama... Não precisava isso... - Continuei rindo e acariciei onde levei o "beliscão de Usher". OH MY GOD! Eu levei um beliscão do Usher! Credo, estou parecendo uma fã doida.

– Gosta do nosso trabalho? - Sean perguntou. Parecia estar se divertindo com tudo.

– Gostar? Puff... Puff... - Eu revirava os olhos e debochava de brincadeira. Eles me olhavam, achando engraçado o meu jeito. - Se eu gosto? 

– Sim... - Usher disse, rindo. 

– EU AMO! Sério, eu admiro muito o trabalho dos dois e toda a carreira de ambos que por acaso eu venho acompanhando desde sempre... - Eu sorri e expliquei. Eles sorriram e se olharam, logo rindo.

– Obrigado... É sempre bom saber o que as fãs acham sobre nosso trabalho... - Sean disse. Eu sorri. 

– Vocês merecem tudo de mais abençoado... - Eu sorri, docemente. Eles sorriram de volta.

– Obrigado, linda. - Usher disse, sorrindo gentilmente. Ele era um doce. 

– Posso perguntar uma coisa? - Eu disse, um pouco envergonhada.

– Claro. - Sean respondeu e sorriu.

– Por quanto tempo eu fiquei "apagada"? - Eu perguntei, mordendo o canto do lábio inferior e com medo da resposta. 

Usher olhou em seu relógio e fez uma cara de pensativo. Logo me respondeu:

– Uns 40 minutos. - Ele sorriu. Eu engasguei. Os dois riram e foram me ajudar.

– Não tem porque ficar nervosa... Como você mesmo disse, essas coisas acontecem... - Usher me acalmou, logo eu estava estável novamente. Por enquanto. 

– É... Mas... 40 minutos com vocês dois e o Justin e o Scooter me olhando apagada? Mas que beleza... Mas que lindo dia... Posso até imaginar as caretas que eu fiz. - Eu imitei umas caretas estranhas e eles começaram a rir.

– Você não fez essas caras... - Usher disse, rindo.

– Fez essas... - Sean disse e fez umas imitações MUITO ESTRANHAS de caretas. Eu coloquei a mão no rosto e me escondi.

– Aaah, não me olhem. Sou a garota da careta. - Eu fingi chorar.

– Se ajudar... Foram caretas muito lindas. - Usher disse, carinhoso. 

Eu tirei a mão do rosto e entrelacei os dedos, fazendo uma "pose de princesa". Sorri para Usher e ele riu, divertido.

– Ooowwn! - Eu realmente estava emocionada, ele era um amor. - Ajudou muito! Estou melhor agora... Minha auto estima não está mais down down down down. 

Fiz uma imitação de Bieber quando canta essa parte de Baby, descendo a cabeça e os ombros em diagonais. Sean e Usher gargalhavam. 

– Essa garota não existe! - Sean disse, rindo.

– Não acredito que não conheci você antes! - Usher disse, rindo também.

– É que você só teve essa sorte agora. - Eu joguei o cabelo e fiz pose de metida, logo rindo junto com eles, que não paravam. 

Estávamos tendo um momento ótimo. Eu não estava nem acreditando. Parecia impossível mas eu realmente estava me divertindo com Usher e Sean.

– Então, nos conte um pouco sobre você, Garota do Desmaio. – Sean disse. Eu encarei ele, fuzilando ele com os olhos por alguns segundos. Porém logo ri.

– Ok, nada mais justo do que esse apelidinho... - Eu sorri e ele sorriu junto. - Hmm... O que querem saber?

– Já esteve na cadeia? - Sean perguntou, brincando comigo.

– Sim, três vezes... Ainda estou em condicional, sabe como é... - Joguei o cabelo e dei uma de indiferente. Eles riram bastante. 

– Quais foram os crimes? - Sean perguntou.

– Ser viciada em Michael Jackson... Depois em Usher... Depois em Sean Kingston... - Eu disse, tranquilamente.

– E viciada em Justin Bieber? - Usher perguntou, achando engraçado.

– A polícia ainda não me encontrou. - Eu pisquei para Usher e ele riu. Sean achou muito engraçado que começou a ter um ataque de risos. Eu nem tinha achado tão engraçado, mas comecei a rir por ver ele rir. No fim, todos ríamos. A razão? Felicidade.

Eu estava radiante de ter a oportunidade de falar com os dois, artistas magníficos, homens incríveis. Sem dúvidas, hoje é o melhor dia da minha vida. 

Eu sorria de um jeito radiante e não conseguia me conter. A medida que nós conversávamos e eles me contavam suas histórias de vida incríveis, meu sorriso crescia. Eu conversava com os dois como se fossem meus amigos de anos e eu realmente sentia que fosse. 

Era bom ver o jeito que eles me olhavam. Não conseguia explicar. Apenas me olhavam como uma pessoa. Não uma fã, não uma qualquer. Alguém especial. Alguém que eles gostavam de conversar e de ficar perto. 

E eu, com certeza, me sentia da mesma forma. Além de meus ídolos, para mim, eram apenas humanos como qualquer outra pessoa. E eu admirava isso. 

Depois de bastante conversa no camarim, me lembrei de Ashley.

– Ah meu Deus! - Coloquei a mão na boca e me levantei rapidamente, olhando em volta. - Vocês sabem onde está a minha bolsa? Eu...

Tenho que parar de me levantar tão rápido, sério. Mesmo. O buraco negro da tontura me sugava novamente. Coloquei a mão na testa e fui segurada pelos dois ali. 

– Caaalma garota. - Sean disse, brincando. - Não precisa se emocionar tanto, eu te dou um autógrafo.

– Sabe... Como é... Só de falar com vocês eu já fico tonta... Se cantarem Love in this Club e Beautiful Girl eu vou direto ao paraíso... - Eu disse, ainda tonta. 

Os dois riram.

– Nem com tontura você perde o humor, não é? - Usher disse, rindo. Eu sorri de leve. - Que cor é a sua bolsa?

– Cinza... Com a alça preta... - Eu me apoiei em Sean e olhei Usher.

– Essa daqui? - Usher apontou e eu assenti com a cabeça. Ele se afastou para pegar a minha bolsa para mim. 

Sean me ajudou a me sentar e ficou ao meu lado, caso eu capote novamente. Número de micos da noite: Infinito.

Peguei minha bolsa e procurei meu celular. Logo achei, verifiquei as mensagens e quase tive um ataque. 13 ligações perdidas de Ashley. 

– Acho que a minha amiga pensa que eu morri. - Conclui.

– Por que não liga para ela e avisa? - Sean sugeriu.

– Boa ideia... - Comecei a ligar. Esperei, esperei. Nada de ninguém atender. - Ninguém atende.

– Acha que aconteceu algo? - Usher disse, se sentando em seu lugar novamente. Me olhou preocupado.

– Não... Deve ter acabado a bateria... - Eu disse, olhando para o celular e depois olhando para Usher. Sorri meio sem graça e desviei o olhar. 

Coloquei uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e mordi o lábio, pensativa. 

Tudo que se passava pela minha cabeça é que eu estava bem ferrada.

– O que foi? - Usher perguntou. 

– Nada é que... 

– Que...? - Sean me fez continuar.

– Eu vim com Ashley para o show... Não tenho como ir embora agora... Vou ter que pegar o metrô a essa hora... - Eu disse, olhando no relógio. Eram quase 23h da noite. 

– Não... Nem pense nisso. - Usher dizia, balançando a cabeça negativamente. - Não vou te deixar andar sozinha por aí... Eu levo você em casa.

– Mas... - Eu disse, incrédula. 

– Mas nada... Será o maior prazer te deixar em casa. - Usher disse, sorrindo.

Sinceramente, Usher era como o irmão mais velho que eu nunca tive e sempre quis ter. Tudo que eu fiz depois de sua última palavra foi sorrir. Eu não esperava essa reação dele. Principalmente por ele ser um ícone da música... E quem eu era? Apenas Julie Evans... 

– Obrigada Usher... Não tenho nem palavras para te agradecer. - Eu disse.

– Não precisa. Só sorria. Seu sorriso é sincero e eu gosto de sorrisos sinceros. - Ele disse, eu ri de leve. 

– Consegue se levantar? - Sean me perguntou.

– Acho que sim... Só dar cambalhota que não rola. - Eu disse descontraída. 

Sean e Usher riram. Sean me ajudou a me levantar. Peguei minhas coisas e fui de braços dados com os dois até a porta. 

– Estou abusando, não estou? - Eu perguntei, rindo e um pouco corada. 

– Não se preocupe. - Usher dizia e sorria. 

– Sinceramente... Isso realmente parece um sonho. - Eu olhei Usher e depois Sean. 

– Melhor do que ser um pesadelo. - Sean piscou para mim e eu sorri.

– Verdade... Obrigada de novo por tudo que vocês dois tem feito por mim essa noite... Sou muito agradecida por tudo, mesmo. Não sei o que seria de mim sem vocês... - Eu fui sincera quando disse. Claro, tive que tomar coragem para falar. Não é sempre que você agradece a homens assim por cuidarem de você. 

– Nós que agradecemos... - Sean disse, gentilmente.

– Vou ser sincero também. - Usher se manifestou. - Quando você entrou por aquela porta... Desmaiada. Eu não sei... Senti como se fosse minha irmã mais nova que estava assim... Me deu um grande aperto no coração. Então... O que precisar. Estarei aqui... 

– Mas... Vivemos em mundos muito diferentes... Quero dizer... Você é famoso... Eu estou no colegial. - Eu abaixei o olhar e ri de leve. Usher era oficialmente como um irmão mais velho para mim que eu sempre queria ter por perto para me ajudar. Pena que isso é impossível. - Até o mundo de Justin Bieber tem duas partes... 

– O mundo é um só, pequena. E nada é impossível. - Ele disse como se adivinhasse o que eu estava pensando. Levantei o olhar impressionada e sorri.

– Vocês são dois anjos... - Coloquei uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e abaixei o olhar. Sim, eu estava emocionada. Não tinha como estar. Usher estava sendo sincero e o melhor disso era que ele estava certo. 

Sean envolveu o braço pelo meu ombro e acariciou, me abraçando carinhosamente. 

– Ele está certo, sabe... - Sean ainda me abraçava. - Não há nada nem ninguém pode dividir o mundo... Somos todos de um só.

Minha vida chegou a um momento em que passou a ser inacreditável. Vivendo um sonho acordada. Um sonho que ficava a cada segundo melhor. Eu sorria e não tinha palavras para descrever o que estava sentindo. 

– Vamos para o carro? - Usher disse, me dando seu braço para eu entrelaçar com o meu novamente.

– Claro! - Eu sorri. 

Nós três fomos para o carro de Usher onde o motorista dele nos esperava. O motorista abriu a porta traseira para que nós entrássemos. Eu estava me segurando para não começar a tremer. Eu estava entrando no carro de Usher! Qual é! Se eu acordar, vou ficar de mau humor. 

Sean entrou primeiro, depois eu e então, Usher. O motorista contornou o carro e entrou também, logo começando a dirigir.

– Para onde, senhor? - O motorista perguntou. 

Usher me olhou e eu fiquei um pouco envergonhada, mas logo respondi:

– Quinta Avenida Georgia. - Eu sorri de leve, ainda estava envergonhada. 

– Então é para lá que vamos. - Usher disse ao motorista que assentiu com a cabeça.

– Ah, estou pegando carona com Usher, alguém me belisca... - Eu pensei alto. Usher fez menção de me beliscar de novo, eu logo interrompi. - Drama!! Drama... Drama.

Todos ali riram.

– Sabe... Passamos todo esse tempo juntos e você ainda não disse quase nada sobre você. - Sean disse.

– Verdade... - Usher concordou.

– Eu sou horrível para falar de mim mesma... Façam perguntas que eu respondo, é melhor. - Eu sorri.

– Certo então. Eu faço uma, Usher outra. Pode ser? - Sean propôs. Usher e eu concordamos. 

– Vamos lá então... - Usher começou. - Qual é o seu nome?

Eu sorri e ri de leve. Verdade, eu ainda nem tinha falado meu nome para eles. 

– Julie Evans. - Eu respondi, gentilmente.

– Belo nome. - Usher disse e sorriu.

– Obrigada! - Eu sorri mais.

– Idade? - Sean perguntou.

– 17 anos. - Respondi rápido.

– Olha só, que rápida. - Sean brincou. Nós rimos.

– De onde você é? - Usher perguntou, curioso.

– Está tão na cara que não sou americana assim?

– É, está. - Sean disse, rindo.

– Por que? - Eu fiz biquinho, curiosa.

– Além do sotaque... Americanas não são tão legais e descontraídas como você... - Usher disse. Sean concordou.

– Hmm... Ah é? - Eu arrumei o cabelo e fiz como se meu ego estivesse aumentando. Eles riram muito. 

– É sim... - Usher estava se divertindo, dava para perceber isso.

– E então...? - Sean disse.

– Sou brasileira... - Eu sorri de leve.

– Hmmmm... - Sean e Usher se olharam e fizeram o mesmo som.

– O que? - Belisquei os dois quando eles não quiseram me responder. - Me digam!

– Nada... É que assim como nós dois, muitas pessoas gostam muito do Brasil... - Sean disse, rindo.

– Yeeah Man... - Usher disse, rindo. Os dois fecharam o punho e bateram um no punho do outro, como um toque.

– Vocês são uns chatos! Me expliquem! -  Eu fingi que estava chateada.

– Ok... Vem aqui... - Usher fez um sinal para eu me aproximar com a mão. Eu me aproximei e ele sussurrou no meu ouvido. - É segredo.

– Arg! - Eu cruzei os braços, rindo. - Cruéis!

– Sempre... - Os dois riram. Não consegui deixar de rir também. 

– Ok... Minha vez. - Sean disse, pensando. - Faça um TOP 5 de seus cantores favoritos.

– Hmm... Ok... Em 5° Justin Timberlake... Em 4° Sean Kingston... - Sorri para Sean. - Em 3° Usher... Em 2° Justin Bieber e em 1°, claro, o único Michael Jackson.

– Eu gostei desse TOP 5. - Usher disse, balançando a cabeça afirmativamente. Nós três continuamos rindo. 

– Qual a minha música, do Sean e do Justin que você mais gosta? - Usher perguntou. 

– Hmm... Ok! Sua... Eu sou apaixonada por My Boo ft. Alicia Keys. Sério, apaixonada! - Eu sorri e continuei respondendo. - Amo Beautiful Girls do Sean e U Smile do JB. 

– Legal! - Sean disse, sorrindo.

– Sabe uma que eu gosto também? - Eu disse, olhando para Sean.

– Qual? - Ele sorriu.

– Eenie meenie miney mo, Catch a bad chick by her toe... If she holla' if, if, if she holla, let her go! - Eu comecei cantando, com um jeito bem rapper. Os dois riram.

– She's indecisive, She can't decide, She keeps on lookin' from left to right...– Sean continuou cantando, fazendo algumas coreografias com as mãos. 

– Girl, c'mon get closer, look in my eyes... Searchin' is so wrong, I'm Mr. Right!– Usher entrou na brincadeira e começou a cantar também. Eu não estava acreditando. Sorria muito.

– You seem like the type to love 'em and leave 'em and disappear right after this song! So give me the night... To show you, hold you. Don't leave me out here dancin' alone!– Sean continuou cantando. 

– You can't make up your mind, mind, mind, mind, mind! Please don't waste my time, time, time, time, time! I'm not tryin' to rewind, wind, wind, wind, wind! I wish our hearts could come together as one! – Nós três cantávamos juntos. Ríamos no meio, nos divertíamos. 

Eu me empolguei tanto com toda a situação que nem percebi quando comecei a cantar a parte do Bieber na música. Isso porque eu MORRO de vergonha de cantar na frente das pessoas.

– Let me show you what your missin'. Paradise! With me you're winning girl you don't have to roll the dice. Tell me what you're really here for. Them other guys? I can see right through ya'– Eu cantava descontraídamente, rindo as vezes, não parei por aí. - You seem like the type to love em' and leave 'em and disappear right after the song. So give me the night to show you, hold you. Don't leave me out here dancin' alone.

Eu cantei descontraídamente. Minha voz saiu melhor do que eu imaginava que poderia sair. Os dois me encararam impressionados enquanto eu cantava, mas logo cantaram também. Cantamos o refrão novamente juntos, dançando dentro do carro. O resto da música continuamos alternando. Estávamos rindo muito. 

Logo a música acabou, mas levou ainda um tempo para que terminássemos de rir. 

Quando acabamos, fui surpreendida.

– Garota! Você canta muito bem! - Sean disse, sorrindo.

– O que? Eu? - Arregalei os olhos, sem acreditar. 

– Sim! Eu concordo... Você canta muito bem... - Usher disse, parecia estar falando sério.

– Ah qual é... Não brinquem assim. - E eu continuava sem acreditar. Os dois riram porque eles estavam falando sério e eu não acreditava.

– É sério Julie... - Sean disse sorrindo.

– Ah... O-ob-obrigada... Eu... - Estava envergonhada e não sabia se ria ou se chorava.

– Nunca foi elogiada antes? - Sean perguntou. - Em relação a sua voz?

– É... Nunca. - Confessei.

– Sei como é, já passei por isso... - Sean disse, sorrindo gentilmente. - Todos os melhores cantores sempre passam por isso.

– Essa fase de achar que sua voz é uma droga quando não é... Já passei por isso também e hoje sou o que sou... - Usher explicou.

– Nossa... Sério? - Eu perguntei, curiosa.

– Sim... - Usher respondeu, sorrindo.

– Hmm... Que interessante isso. - Sorri. - Posso perdir uma coisa?

– Até duas... - Usher disse, sorrindo.

– Ou três... - Sean brincou.

– Quatro... - Usher continuou.

– Me contento com uma... Por enquanto. - Sorri de canto e logo ri. - Eu poderia tirar algumas fotos com vocês? Por que se eu contar para os meus amigos eles nunca vão acreditar e vão pensar que eu entrei no caminho das drogas... 

Os dois riram do que eu disse e concordaram. Sorri e peguei o meu celular e começamos a tirar MUITAS fotos, muitas mesmo. Com sorrisos, caretas, caras sérias, poses de modelos, imitações, até tiramos uma foto fazendo um "A" com a mão em homenagem a Ashley! No total deram mais ou menos umas 25 fotos. Eu olhei e todas ficaram ótimas!

– Facebook? - Usher perguntou.

– Facebook! - Eu respondi, sorrindo. 

– Estamos na Quinta Avenida Georgia, senhorita. - O motorista me informou.

– Ah... - Decepção. Tudo que é bom demais passa tão rápido... - É o número 47C. Uma casa branca e marrom. - Eu informei o motorista. 

– Certo. - Ele começou a procurar.

Eu estava com uma carinha mais triste agora e eles perceberam.

– Hey... Por que essa cara? - Sean perguntou.

– Não queria ir embora... - Eu disse, rindo com um tom chateado.

– Ah, que linda. - Sean me abraçou, eu sorri. 

– Julie... Toma. - Olhei para Usher e ele pegou algo de sua carteira. Era um cartão. - Meu cartão. Tem meu número aí, e-mail, tudo. Só não passe para ninguém, por favor. 

Fiquei transparente naquela hora. Usher me dando seu cartão para contato? Agora é oficial, estou sonhando. 

– Seu cartão? Porque está me dando? - Eu perguntei porque realmente não estava acreditando.

– Lembra quando eu disse que o mundo era um só? Então... - Ele continuou segurando, me incentivando a pegar. Eu peguei o cartão e fiquei olhando. 

– Isso quer dizer que... - Eu ainda não havia entendido. Talvez o fato de ele ter me dado o cartão tivesse me feito perder uns 100 ou 200 neurônios.

– Pode me ligar sempre que precisar. Se precisar de um amigo, de qualquer coisa, pode me ligar. - Eu olhei para ele assim que ele terminou de falar. - E... Pense sobre o fato de se tornar uma cantora. Eu não vejo uma garota com a sua voz há muito tempo...

– Nossa... Eu... Não acredito... - Eu estava emocionada.

– E me passe o seu número. - Usher disse. 

Usher queria o meu número? Acabei de ter um curto circuito mental.

Na minha cabeça, tudo estava assim:

Usher pediu o número do seu celular. E agora, o que fazer?

Alternativa A: Desmaiar, de novo.

Alternativa B: Chorar loucamente.

Alternativa C: Respirar, se acalmar e sorrir. E então dar o número para ele.

E a vencedora é...

B! 

Ok, não. É a C mesmo.

Foi o que eu fiz. Respirei fundo e sorri. Dei o meu número para ele que guardou em seu celular. Sean fez o mesmo e depois me passou o dele.

– Ok, meu celular está mais lindo agora com o número de vocês! - Eu sorri e fiquei encarando o celular. Eles riram.

– É esta casa, senhorita? - O motorista perguntou. Eu olhei para o lado.

– Sim, é essa mesmo senhor. Obrigada. - Sorri para o motorista que retribuiu. O motorista saiu e abriu a porta para nós. Usher saiu primeiro, eu depois e então, Sean. Os dois saíram por educação, achei fofo.

Guardei o celular e o cartão precioso de Usher na bolsa. Quando estava na frente de casa eu suspirei e sorri.

– Bom... Aqui estamos. Essa é a minha casa. - Eu disse.

– Bela casa... - Sean disse, olhando a casa. 

– Gente... Muito obrigada por tudo que vocês fizeram por mim hoje... Eu nem sei como agradecer, sinceramente. Vocês são incríveis, mais do que eu sempre pensei que fossem... Sou a garota mais feliz do mundo, sério. 

– A garota mais feliz do mundo e agora, oficialmente, nossa amiga. - Sean disse, sorrindo. 

– Sim... Nos conhecemos há nem três horas e eu já considero você uma amiga, Julie. Pode apostar. - Usher disse, sorrindo. - Se cuida, viu, garota? E o que precisar...

– É só te ligar. - Completei a frase de Usher sorrindo.

– Pode me ligar também! - Sean disse, rindo.

– Pode deixar! - Eu sorri e fiquei um tempo parada, olhando para casa. - Bom... Acho melhor eu ir.

– Isso... Vá descansar, seu dia foi bem cheio hoje... Você precisa. - Usher disse, cuidadoso como sempre.

– Sim, vocês também... Boa noite! - Eu fui dando uns passos para trás, acenei para eles e então me virei para andar para casa. 

Não dei mais do que três passos e me virei, eles estavam andando para entrar no carro e eu meio que surtei.

– Esperem! - Ah meu deus, o que eu estava fazendo?

Os dois pararam e me olharam. Eu corri na direção deles e abracei Usher.

– Obrigada, por tudo. Você é meu anjo da guarda. - Eu disse, docemente. Ele sorriu e retribuiu o abraço de um jeito fraternal. 

– E você é minha protegida, agora. - Usher disse, sorrindo.

– Eu gosto dessa palavra. - Eu soltei ele e sorri. Olhei para Sean e ele abriu os braços. Sorri mais ainda e corri para abraçá-lo. - Você também é meu anjo, Eenie Meenie Miney Mon Lova! 

– Boa! E você agora também é minha protegida, princesa. - Ele disse, me abraçando. Adorei o jeito que ele me chamou.

Logo soltei ele e peguei a mão dos dois. Abaixei o olhar, um pouco emocionada e disse.

– Espero que não se esqueçam de mim... Por que eu nunca vou esquecer de vocês, nunca. Nem dessa noite.

– Não dá para esquecer alguém tão carismático quanto você, Julie. - Usher disse, sinceramente.

– Concordo. - Sean balançou a cabeça afirmativamente.

– Obrigada! - Eu sorri, com lágrimas nos olhos. 

– Agora, melhor entrar que já está tarde... Tenha uma boa noite. - Usher disse e me deu um beijo no rosto. Sean fez o mesmo. 

– Ok... Boa noite! - Eu disse, andando para trás novamente e indo em direção a minha casa. Dessa vez, para valer.

Peguei a chave de casa e a abri, devagar e sem fazer barulho. Entrei e antes acenei para eles no carro, que logo se foi. Tranquei a porta e subi as escadas até meu quarto em silêncio. Parecia o Frajola quando estava aprontando alguma para pegar o Piu-piu. 

Entrei no meu quarto, tranquei a porta e fui direto para a minha cama, onde sentei. Parei, encarei o chão, me lembrando de tudo que tinha acontecido naquele dia sem fim, que agora estava tendo um fim. Coloquei a mão na boca e não consegui conter as lágrimas.

Chorei, sim. Chorei de emoção, de felicidade, de incredulidade. Eu não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo. A ficha não caia. Era impossível!

Eu sorria enquanto as lágrimas escorriam por meu rosto. Pela primeira vez depois de tanto tempo eu sentia que poderia sim, retomar a minha felicidade. 

Eu estava mais do que feliz naquele momento. Acho que nada poderia superar o que havia acontecido até agora.

Abri a minha bolsa e peguei o cartão de Usher e meu telefone. Guardei seu número lá e depois me levantei, guardando o cartão de Usher no meu diário. 

Liguei o computador, porque realmente não conseguiria dormir depois de tudo que havia acontecido. Ao esperar o computador ligar, lembrei que havia comprado o CD My World 2.0 do Justin. 

Resolvi escutar, com fones de ouvido, é claro. 

Me levantei, peguei os fones de ouvido do meu Ipod e então o CD na minha bolsa. 

– E meu CD continua sem autógrafo. - Eu ri do que disse. - Sem autógrafo, mas pelo menos ganhei o cartão do Usher. 

Sentei na minha cadeira e abri a capa do CD com uma mão enquando olhava para a tela do computador, colocando minha senha. Fiquei distraída olhando para a tela, pensando no dia que tive. Ainda distraída, olhei rápido para o CD e vi algo dourado, mas nem prestei atenção.

Foi aí que caiu a minha ficha. Deveria ter algo dourado dentro do meu CD?

Olhei novamente e peguei o papel fino e dourado que estava em cima do CD. 

Tinha uma foto do Justin no canto e em cima escrito JUSTIN BIEBER.

Embaixo do nome dele estava escrito:

Grand Prize: Ganhe uma exclusiva passagem para o Show de Justin Bieber no Atlantis Resort das Bahamas!

Fiquei em choque. Me lembrei de quando Ashley disse que eu deveria comprar o CD porque poderia ganhar o Golden Ticket que dava vários prêmios. Ela também disse que era quase impossível ganhar. 

Depois lembrei de Usher me dizendo que nada é impossível. 

É... Agora eu realmente acreditava.

E como não acreditar? Eu acabei de ganhar uma viagem para as BAHAMAS com JUSTIN BIEBER!

Eu, por fora, estava quieta...

Eu, por dentro, estava mais ou menos assim:

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHH!
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Continua com dois comentários.