terça-feira, 27 de dezembro de 2011

15º Capítulo - Diary of Justin Bieber 2.0: One Less Lonely Girl



Oh, for you I would’ve done whatever
And I just can’t believe we ain’t together.
And I wanna play it cool, but I’m losing you. 
I’ll buy you anything, I’ll buy you any ring.
And now I’m in pieces, baby fix me. 
And you shake me ‘til you wake me from this bad dream...
I’m going down down down down.
And I just can’t believe my first love won’t be around.
Bem que Julie disse... Minhas músicas sempre combinam com nossos momentos. Sejam bons ou ruins. É algo tão certo que parece destino. Às vezes me pego pensando se eu não estaria vivendo algum daqueles filmes de mulherzinha como “Diário de uma Paixão” ou “Um amor para recordar”... Se quer saber, eu não duvido nada.
Todos os meus momentos junto com a minha brasileira foram inesquecíveis. Algo que vou guardar dentro de mim até o meu último suspiro. Impossível esquecer, impossível esquecê-la. Julie é uma daquelas garotas que te marcam profundamente.
E o que tornava esse fato ser tão certo, é que nem ali, enquanto eu estava no camarim de um programa que eu daria uma entrevista e cantaria uma canção, nem ali eu conseguia parar de pensar nela. Garota dos olhos cor de mar.
Fechei os olhos por um instante e tentei esvaziar a cabeça, parar e me concentrar. Novamente, impossível. Quando eu fecho os meus olhos, ela é tudo o que eu vejo.
Sempre acabo sorrindo quando penso naquela garota. Eu sempre fico me questionando: O que é que ela tem que me deixa tão louco por ela? Essa é uma daquelas perguntas em que a resposta realmente não existe.
Abri meus olhos e olhei no espelho. Soltei um suspiro. Desde que a vi em Londres, tudo realmente mudara. Era como se eu tivesse acordado e enxergado que eu não sou nada sem ela.
Eu realmente não esperava vê-la. Foi um choque. Somando o incidente com Jasmine. Uma coisa que realmente nunca deveria ter acontecido. Porém hoje, eu estou aqui, sem tirar ela da minha cabeça em nenhum momento. Mal podia esperar para voltar para Atlanta e poder dizer a ela tudo o que eu sinto dentro do meu coração.
Eu queria fazer ela feliz, isso não é pedir muito.
Um toque na porta foi soado. Minha deixa. Hora do show.
Me levantei da cadeira e segui até a porta, sacudindo a cabeça e jogando o cabelo de lado. Abri a porta e saí, sendo seguido por Kenny, meu segurança. Logo vi Scooter no final do corredor, continuei andando, tendo ele agora do meu lado, me dizendo tudo o que aconteceria.
– Então é isso, já sabe que música que vai tocar? – Scooter perguntou.
– Ahmm... Eu... – Eu parei e olhei para o lado, vendo meu guitarrista Dan Kanter e o meu estilista Ryan Good conversando em uma sala. Não sei por que, mas não tive um bom pressentimento. – Espera aí...
Entrei na sala onde eles estavam. Fui até eles e então me dirigi aos dois.
– E aí pessoal, o que estão fazendo ainda aqui? – Eu disse, dando uns tapas amigáveis nas costas do meu guitarrista.
– Ah... Justin, nós já estamos indo... É que... – Dan começou a gaguejar, isso não é sinal de boa coisa.
Enquanto Dan tentava me distrair, Ryan tentava fechar a tela do computador. Eu acabei rindo.
– O que estão vendo? Pornografia? – Eu disse, rindo. Puxei o computador e levantei a tela. Meu sorriso sumiu na hora. – O que é isso?
– Consequência de uma garota perseguida por paparazzis. – Ryan disse.
Eu não estava acreditando no que eu estava vendo. Uma foto de Julie com um cara em um parque. Não poderia ser verdade. Ela não poderia estar no nosso parque com outro cara. Ela tinha me substituído? Estava brava comigo? Achou alguém melhor? Não pode ser verdade.
Eu fechei o meu punho e fechei os olhos por um segundo, tentando acalmar meus pensamentos.
– Já decidiu a música? Temos 4 minutos. – Scooter disse, atrás de mim.
– Sim, tenho a música perfeita para hoje... – Olhei Dan e Ryan, depois olhei Scooter. – Vamos tocar That Should Be Me...
Olhei uma última vez para a foto que me deu um aperto enorme no coração e me embrulhou o estômago. Abaixei o olhar e então saí da sala, em direção à pequena sala onde eu ficaria até ser chamado pela apresentadora. Não falei com ninguém depois de ter visto aquela foto, apenas com a apresentadora. Assim que entrei, resgatei toda a herança dramática vindo da minha mãe e coloquei um sorriso falso bem convincente no rosto. Sentei na poltrona e respondi as perguntas, tendo um pouco de dificuldade quando a entrevistadora tocou no assunto “Julie”. Porém, acabou sendo mais rápido do que eu imaginava.
Da entrevista fui até um palco conjunto ao local onde estava anteriormente, sentei em um banco ao lado de Dan que já estava com o violão em mãos. Estávamos no intervalo e logo voltaríamos e eu teria que cantar e então, felizmente, poderia ir embora.
Senti o olhar de Dan para cima de mim, mas não retribui e nem perguntei do que se tratava. Eu sabia o que ele iria falar, sabia muito bem. Como se não bastasse meus sinais de que não queria conversa, ele insistiu:
– Cara, você sabe como esses paparazzis são, sabe muito bem! Pode ser um mal entendido, eu conheço aquela garota e eu duvido que ela faria algo desse tipo com você. – Dan disse, solidário como sempre. Não era o bastante, não naquele momento.
– Obrigado. – Foi tudo o que eu falei.
Assim que as luzes se acenderam, a única vez que eu olhei para ele foi para a contagem de compassos antes de começar a canção. Acompanhado pelo grupo Legaci, meus backin’ vocals, comecei a cantar That Should Be Me.
Em todas as vezes em que eu cantei essa música, em nenhuma delas eu senti o que senti hoje. Talvez porque a situação fazia completamente jus àquela música. Eu não aceitava, não conseguia acreditar, aquilo tinha que ser um mal entendido, tinha...
Em That Should Be Me, eu dizia:
Todos estão rindo na minha mente. Há rumores sobre um outro cara... Você faz com ele o que fazia comigo? Ele te ama do jeito que eu posso te amar? Você se esqueceu de todos os planos que fez comigo? Por que baby eu não esqueci. Deveria ser eu segurando sua mão, deveria ser eu fazendo você rir. Deveria ser eu, isso é tão triste. Deveria ser eu sentindo o seu beijo, deveria ser eu comprando presentes para você. Isso é tão errado, eu não posso continuar até você acreditar que deveria ser eu.
Qualquer semelhança não é qualquer coincidência.
Se você está tentando quebrar meu coração, Julie, está funcionando. Mas eu realmente espero que não esteja.
Eu cantava com tanta emoção, com tanta verdade. Não como apenas uma canção, mas como se eu estivesse contando para todos o que eu sentia naquele momento em forma de uma canção. Deveria ser eu no parque com você, deveria ser eu...
Eu nunca cantei com tanta intensidade em toda a minha vida. Meus olhos acabaram involuntariamente se enchendo de lágrimas.
Deveria ser eu segurando sua mão. Deveria ser eu te dando flores. Deveria ser eu conversando por horas com você. Deveria ser eu, Julie, dizendo que te amo.
Eu nunca deveria ter deixado você ir embora...
Depois de terminar a música, eu coloquei novamente o sorriso provisório no rosto e fui abraçar a apresentadora. Acabando o programa, saí do estúdio e fui para o meu camarim pegar as coisas. Scooter me seguiu e enquanto eu pegava tudo, ele ficou parado na entrada da porta, me encarando.
– Precisa conversar? – Ele perguntou. Eu sabia que poderia confiar nele para tudo, mas não era meu melhor momento.
– Quem sabe amanhã... – Eu dei um sorriso fraco e saí do camarim. Ele me seguiu e junto do resto da equipe fomos para a van.
Logo chegamos ao nosso hotel na Alemanha. Não abri a boca em todo o percurso até o meu quarto. Apenas acenei antes de entrar no mesmo. Aquele seria nosso penúltimo dia na Alemanha e eu estava mais ansioso do que nunca para voltar à Atlanta. Eu tinha que tirar essa história a limpo, e por mais que eu quisesse, não poderia ser por um telefonema.
Eu adoro a Alemanha, mesmo que algumas pessoas tenham achado no começo desse ano que eu realmente não sabia o que era a palavra “German”. Chega a ser hilário, o cara pronuncia algo parecendo que está gripado e eu que sou julgado. O mundo é realmente complexo demais. Fechei a porta e não falei com mais ninguém naquela noite. Minha mãe veio me ver algumas vezes, mas realmente não falei muito. Monossílabos são ótimos nessas horas em que você precisa ficar sozinho.
Deitei na cama e peguei o meu macbook, o liguei e fiquei mexendo no computador. Por mais que eu me esforçasse, a vontade de procurar aquelas fotos estava me consumindo. No final, não resisti, achei um site quase que imediatamente depois de colocar “Julie Evans Strange Guy Park Paparazzi Justin Bieber”. Tags deixam tudo mais fácil.
As fotos fizeram meu estômago embrulhar mais uma vez. Por mais que minha consciência dissesse “Pare de olhar” eu simplesmente não conseguia. Eu estava indignado, inconformado.
Se eu realmente conheço a Julie, ela não tinha feito isso. Eu realmente queria que esses paparazzis tenham piorado tudo. Não quero perdê-la, não quero perder o que temos, ou o que pensei que tínhamos.
Passei um bom tempo vendo essas fotos. Talvez chegasse de duas até três horas. Eu estava com uma sensação tão ruim, eu não conseguia explicar. Algo como se eu tivesse... Falhado.
Eu não poderia falhar, não com ela, não com Julie.
Algo dentro de mim não poderia aceitar aquilo. Eu a perderia assim? Tão fácil? Não! De jeito nenhum... Se isso fosse verdade, esse cara teria que lutar comigo por ela. Eu não vou dá-la a ele tão fácil assim, não vou dá-la a ninguém. Julie é a única garota que fez eu me sentir realmente especial, essencial. Eu não poderia acabar com isso.
Naquele momento foi quando eu decidi. Não a perderia de jeito nenhum.
Eu, Justin Drew Bieber, vou lutar por aquela garota até o último segundo em que eu viver. Ela é a certa para mim, disso eu tinha certeza.
E sabe do que mais? Para que existe a fama se não posso usufruir dela?
Vou lutar por ela em grande estilo.
E o mundo inteiro vai saber.
E no final sabe o que esse cara vai dizer? AW C’MON!
Acho que a MTV vai adorar uma segunda edição do Diary of Justin Bieber e dessa vez, relacionado à “Julie-garota-misteriosa-que-pode-ou-não-ser-a-namorada-de-Justin-Bieber-Evans”. Ainda mais se eu disser que vou revelar se ela é ou não minha namorada no programa. Acho que vou fazer muitas pessoas ricas às nossas custas, mas vai valer à pena, o que EU vou ganhar, será muito mais precioso.
Posso não ser um super herói, mas faria o impossível para fazer ela feliz. Por ela, eu mudaria. Seria tudo o que ela precisa. E é exatamente por isso que vou fazer essa loucura.
E claro, para isso, eu preciso de um ótimo time. Primeiramente, vou pedir um conselho para o meu melhor amigo Ryan Butler, ele sempre sabe o que dizer. Depois, claro, pediria ajuda à dupla que seria essencial nessa minha loucura: Usher e Scooter. Com esses dois, eu tinha certeza que tudo daria certo. Eles me ajudariam, com certeza.
Mas para ter fôlego de enfrentar toda essa loucura, eu precisaria ter uma boa noite de sono.
Mesmo depois de ver essas fotos, me senti muito melhor ao decidir que não me retiraria do jogo. Confiante, decidido, com um objetivo que eu não desistiria até conseguir.
Desliguei o meu computador, coloquei-o na mesa ao lado da cama e me deitei. Demorei a dormir, porque fiquei olhando para o teto e pensando nas mil possibilidades que eu teria para reconquistá-la.
Amanhã, o jogo começaria, e a partir daí, ninguém me impediria.
Fechei meus olhos e então, tudo escureceu.
Parecia que cinco minutos depois eu ouvi alguém mexendo no meu cobertor, me impedindo de dormir mais. Eu sabia que já devia ter passado horas, mas eu sentia como se tivesse passado apenas cinco minutos.
– Vamos, JB, hora de acordar. – Kenny, meu segurança, tentava me acordar.
– Só mais cinco minutos Kenny... Fui dormir tarde. – Eu disse, mas o som saiu abafado, pois eu estava com a cara no travesseiro.
– Tem um dia cheio hoje, Bieber. – Kenny disse.
Mas que dia cheio o que... ESPERA AÍ! O DIA É CHEIO MESMO!
O sono tinha me impedido de lembrar da minha missão ultra secreta da CIA. Ok, não era tudo isso, mas ainda assim era uma missão. Praticamente pulei da cama, Kenny até se assustou, acabei rindo.
– O que foi isso garoto? Esqueceu o fogão ligado? – Kenny disse. Eu ergui uma sobrancelha para a comparação dele.
– Kenny, consulte outros sites de comparações, ok? Estou falando isso porque quero o seu bem! – Eu disse, dando um tapinha no ombro dele.
Kenny deu uma gargalhada, eu acabei rindo junto. Fui direto para o banheiro tomar um rápido banho, me arrumar e então encontrar Usher e Scooter, sem antes ligar para Ryan.
Naquela manhã, eu estava incrivelmente cantarolando. Eu queria ver a cara de Scooter, Ryan Good e Dan Kanter quando me vissem. Claro que sacariam de imediato: Eu, com certeza, estava aprontando alguma coisa.
Eu entrei no banho, depois de poucos minutos saí dele, me sequei, me troquei, peguei a toalha e dei uma secada no cabelo com ela, logo depois peguei o secador e sequei meu cabelo completamente com ele. Chacoalhei a cabeça e joguei o cabelo para o lado, arrumando o outro com a mão. Perfeito, estou pronto para ir!
Com uma jaqueta cinza clara, uma calça branca e meu tênis completamente branco, desci junto com Kenny para o salão de café da manhã reservado para mim. Assim que cheguei, me deparei com algumas fãs. Claro que parei para falar com elas e tirar algumas fotos, afinal, são minhas fãs e eu amo todas elas. Fui surpreendido quando uma das minhas fãs alemãs me perguntou com um sotaque de inglês bem carregado:
– Justin, nós te amamos! Mas... Quem você está namorando? A Julie ou a Jasmine? – Ela perguntou, descaradamente. Eu acabei rindo.
– Wow... Que direta você... Gostei. – Continuei rindo. – Bom eu...
– Justin! – Scooter disse, me chamando da mesa onde ele e Usher estavam.
– Tenho que ir meninas, obrigado pelo apoio! – Eu disse, sorrindo e me afastando delas. Salvo pelo gongo... Ou melhor, salvo pelo Scooter.
– Obrigado cara! – Eu disse, rindo, enquanto me sentava na mesa.
– Ah, de nada... – Ele disse, me olhando com os olhos um pouco pressionados, me encarando. Eu disse que ele ficaria assim.
– O que foi cara? – Eu disse, olhando para Usher e rindo.
– Scooter disse que você não ficou muito bem ontem após ver as fotos da Julie com outro cara na internet. – Usher disse.
– É, não era algo que eu possa dizer que estava esperando, só fui pego de surpresa. Nada que uma ótima noite de sono não tenha resolvido. – Eu disse, dando de ombros, enquanto olhava o cardápio do hotel e chamava o garçom que nos serviria.
– O que está planejando? – Scooter disse, ainda me olhando com aquela cara de desconfiado.
– O que? – Eu disse, rindo, logo me dirigindo ao garçom que estava ao meu lado. – Vou querer panquecas e um cappuccino com muito chantilly... – Logo voltei a olhar Scooter. – Por que acha que eu estou planejando alguma coisa?
– Por que eu te conheço. – Ele continuou com aquela cara.
– Quer dizer que eu não posso ter uma boa noite e ficar bem no dia seguinte? Qual é... – Eu disse, olhando meu prato.
– Não é esse o fato, Justin. Se fosse com qualquer outra garota eu entenderia e deixaria isso de lado, mas não é de qualquer garota que estamos falando aqui... – Scooter disse.
– Estamos falando da Julie. Sabemos muito bem que está apaixonado por ela. – Usher disse.
– Ok, é o seguinte... – Eu disse, me entregando e começando a dizer o meu plano. – Eu tive uma idéia ontem a noite enquanto eu via aquelas fotos.
– Eu sabia. – Scooter disse, rindo.
– MAS... – Eu apontei para Scooter. – Primeiro preciso falar com o Ryan. Então... WAIT!
Peguei meu celular e liguei para o Ryan, colocando ele no viva-voz.
– Good Morning Canadá. – Eu disse, rindo.
– Bieber, como vai? – Ryan dizia, rindo do jeito do amigo.
– Preciso da sua ajuda para uma missão secreta. – Eu disse, indo direto ao ponto.
– Mais uma? – Ryan disse, zoando o amigo.
– Mais uma! – Eu disse, rindo também. – Estou aqui com o Usher e o Scooter, eles vão me ajudar também.
– Me deixa adivinhar, tem alguma coisa a ver com a brasileira? – Ryan chutou.
– Tenho que começar a ser mais misterioso. – Eu disse, pensativo. – Enfim, é... É sim.
– Previsível. – Ryan disse do outro lado da linha.
– Então... – Comecei, agora falando para os três. – Estou pensando em fazer algo grandioso, usar a mídia ao meu favor...
– O que está pensando? – Scooter disse, pensativo.
– The Diary of Justin Bieber 2.0 – Eu disse, sorrindo de canto.
– Hmm... Parece uma boa idéia. – Usher disse, balançando a cabeça positivamente.
– Mas o que você vai fazer nesse “Diary of Justin Bieber 2.0”? – Ryan perguntou.
– Tirou as palavras da minha boca Ryan. – Scooter disse, rindo.
– Eu estava pensando em fazer um documentário, como o que eu fiz em Paris, só que ao invés de só comentar sobre a minha vida e a minha passagem pelos lugares, seria uma missão. – Eu comecei a explicar.
– Uma missão que seria televisionada? Vai dar bastante notoriedade a ela... – Usher disse.
– O que exatamente você pretende fazer? – Scooter disse.
– Eu estava pensando em reconquistar ela de um jeito diferente, mais intenso, trazer ela para o meu “mundo”, fazer ela ver que faz parte dele. Seria uma missão de reconquista, digamos assim, nós voltamos para Atlanta, eu não sei... Faço um show na escola dela, ou algum tipo de surpresa, para que ela veja que significa mais para mim do que qualquer outra... – Eu disse. – Para que ela perceba que eu não faria o que estou pretendendo fazer por nenhuma outra garota a não ser ela...
– Hmm... Pode dar certo. E ela não vai poder te dar um fora em rede internacional. – Ryan disse, rindo.
– Engraçadinho. – Eu disse, rindo também.
– Sabe que se quiser realmente fazer isso, no fim vai ter que admitir que está namorando ela, não sabe? – Scooter disse. – Vai ter que arcar com as consequências de estar no foco de todos os paparazzis de Hollywood. Sem contar todos os boatos, que vão ficando piores, todas aquelas coisas de casais. Sabe como a mídia pode muito bem destruir relacionamentos.
– Eu sei disso, mas não quero nem posso mais mentir para as minhas fãs. Sem contar que todos – por mais incrível que isso pareça – estão aceitando bem a Julie. – Eu disse.
– MTV não vai recusar. – Usher disse, olhando para Scooter.
– Isso é uma loucura, Bieber. – Scooter começou a dizer, por um momento pensei que ele não concordaria, até que... – Vai precisar de um planejamento perfeito, terei que falar com a diretoria da escola dela, primeiro claro, contatar a MTV para ver o que eles acham da ideia, a mídia ficará sabendo em 3 ou 4 dias. Vai ser uma revolução, e você está fazendo tudo isso por uma garota!
– Não é simplesmente uma garota... – Eu disse, sorrindo, satisfeito por Scooter estar me apoiando, mesmo achando que tudo era maluquice. – Você conhece Julie quase tão bem quanto eu, sabe que ela não é simplesmente uma garota.
– Não seria surpresa para as fãs que ele esteja fazendo algo assim por uma garota que ele realmente gostasse. Justin só estaria confirmando tudo o que ele sempre disse em suas músicas. – Usher disse, me apoiando. – Como em One Time, One Less Lonely Girl, Baby e em todas as outras. Podemos fazer as letras serem reais e ele ficará com uma ótima imagem por causa disso.
– Sim... Você tem razão. – Scooter disse, gostando da ideia.
– Então... Isso é um sim? – Eu perguntei, olhando Usher e Scotter e sem conter o sorriso.
– Estamos juntos nessa, garoto. – Scooter fechou o punho e me ofereceu, bati com o meu também fechado no dele e depois no de Usher.
– Yeeah Man! – Eu disse, rindo.
– Justin... – Ryan disse, no telefone.
– O que foi, Ryan? – Eu perguntei, ainda alegre por tudo estar dando certo até ali.
– Por que não chama o programa de: The Diary of Justin Bieber 2.0: One Less Lonely Girl? – Ryan disse.
– Hey... Essa é uma ótima ideia! – Eu disse, adorando a ideia. – Seria como uma missão, como colocar a música em ação, como fazer o meu clipe acontecer de verdade, só que em grande escala!
– Essa foi a melhor ideia que você já teve, garoto. – Scooter disse, agora sorrindo também.
– E a mídia não poderá criticar, porque você sempre disse que faria uma coisa dessas por uma garota que você realmente estivesse apaixonado. – Usher disse, sorrindo também.
– Perfeito... Então... Que venha o Diary of Justin Bieber 2.0: One Less Lonely Girl. – Eu disse, sorrindo satisfeito.
– Eu quero participar. – Ryan disse.
– E ainda tem que dizer? Já fale com a sua mãe, você vem para Atlanta comigo! – Eu disse, rindo.
– Pode deixar. – Ele disse, rindo também. – Te ligo mais tarde.
– Beleza, a gente se fala. – Eu disse e então desliguei o telefone.
– Feliz agora? – Scooter disse, rindo.
– Você nem imagina o quanto. – Eu disse, esfregando uma mão na outra, com cara de malvado, mas logo rindo.
– Ninguém mexe com o time do Bieber, fala aí. – Usher disse, gargalhando.
– Nem com a garota do Bieber. – Scooter disse, tirando uma.
– Mas é verdade, yo! – Eu disse, cruzando os braços e dando gargalhadas.
É exatamente por isso que eu digo que eu tenho o melhor time comigo. As melhores pessoas, os melhores amigos e companheiros que alguém poderia um dia ter. Eu sou um cara muito privilegiado e tenho completa noção disso, por isso que eu agradeço a Deus todos os dias por tudo que eu conquistei.
O meu último dia na Alemanha passou mais rápido do que eu imaginei que passaria. Hoje de noite eu estaria voltando para Atlanta, finalmente. Voltando e começando imediatamente a planejar o diário de Justin Bieber. Isso vai ser demais!
Não consegui dormir muito durante o vôo de volta à Atlanta, meus pensamentos não me deixaram. Eu não conseguia tirar esse projeto da cabeça. Tantas possibilidades, tudo teria que ser perfeito, cada passo teria que ser perfeito. Mal poderia esperar para que tudo entrasse em ação e eu pudesse tê-la em meus braços novamente.
Então, aproveitei que o avião tinha internet e fiquei mexendo no meu computador, me distraindo. Entrei no twitter de Julie e vi suas últimas postagens:
“Mês cheio de coisas para fazer, @AshDavis está me arrastando para todos os lugares para ajudá-la com o planejamento das festas de fim de ano do nosso colégio. Alguém me salve!”
“Estou lendo o Livro Oficial de Fatos sobre Chuck Norris e acabei me lembrando de um garoto de 16 anos que parece o OMG Cat quando alguém fala do Norris. Sim, estou falando do @justinbieber”
“Fim de semana incrível ao lado de @ludajuice e @jtimberlake. Great guys (:”
“Eu vejo gente viva... Pois é. Todo-tempo.”
“Sentindo muito a falta do ‘Baby baby baby, oh!’ ao vivo.”
“RT @katyperry Estou seguindo a namorada de @justinbieber só para poder mandar ameaças de morte para ela por Direct Message! LOL = OMG! Só Chuck Norris poderá me defender”
“Não, meninas, até onde eu sei – e até onde eu posso dizer – @justinbieber e eu somos grandes amigos. E não, eu não namoro Chuck Norris.”
Eu acabei rindo muito dos tweets dela, ela é sempre tão engraçada e de um jeito tão natural que mesmo de longe me contagia. Ri alto até demais, sem querer fiz minha mãe acordar. Fechei a tela do computador e a abracei.
– Atrapalhei os seus sonhos? – Eu disse, rindo.
– Você já é o meu sonho, querido, então não se preocupe. – Pattie, minha mãe, disse, carinhosa como sempre.
– Já agradeci por tudo que você tem feito por mim? – Eu disse, a olhando.
– Sim, meu anjo, todo dia. – Ela acariciou o meu rosto enquanto eu encostava minha cabeça em seu ombro. – Tem certeza de que vai fazer esse programa, querido?
– Eu tenho, sim... – Eu disse, confiante.
– Acha que vai dar certo? Quero dizer... Ela vai gostar? – Ela perguntou.
– Por que não gostaria? – Eu disse, agora levantando minha cabeça e olhando minha mãe.
– Não disse que ela não irá gostar... Mas eu acho que mesmo com esse programa, vocês precisam de um momento fora das câmeras para terem uma conversa sobre tudo... É muita coisa que está em jogo. Também gostei da ideia quando você me contou, vai ser uma linda surpresa e tenho certeza de que ela vai gostar. Você estará mostrando não só a ela, mas ao mundo inteiro o que ela significa para você, mas ainda assim, uma conversa em particular é sempre bom...
– É, eu não tinha pensado nisso... – Eu disse, olhando pela janela agora. – É uma boa ideia.
Por isso que eu sempre escuto a minha mãe. Mesmo eu não sendo como todas as notícias falam que eu seria um daqueles tipos de “garoto da mamãe”, eu sempre escuto o que ela me diz. Seria um idiota se não escutasse. Admito que as vezes não concordo com tudo o que ela diz, mas na maioria das vezes ela está sempre certa.
É um mal de mãe estar sempre certa...
– Sabe mãe... – Eu comecei. – Eu esperei 16 anos para realmente saber o que é se apaixonar. Você sabe que eu posso ter amado garotas antes, como a Caitlin, por exemplo... Mas eu nunca me senti assim por ninguém, só pela Julie. Ela me deixa louco, se quer saber... Louco de um jeito bom, de um jeito único. Ela me deixa feliz.
– Eu sei disso, querido. Eu sabia que um dia chegaria a hora que você acharia alguém por quem se apaixonasse e fico feliz que foi uma garota honesta como a Julie. – Minha mãe disse, enquanto acariciava meu cabelo.
– Sim, eu tenho sorte de tê-la, muita sorte. Por isso não vou deixar que nada tire ela de mim. – Eu disse, olhando minha mãe.
– Faz bem, meu amor... Faz bem. – Ela disse, dando um sorriso calmo e tranqüilizante.
– Acha que vai dar certo? – Eu perguntei, sabendo que ela me diria o que acha mesmo que isso me deixasse mal.
– Sim, eu acho sim. Julie gosta mesmo de você e sei que o que ela precisa é saber se você sente o mesmo. Seja um bom garoto, Justin, faça ela feliz. – Ela disse, sorrindo.
Eu sorri de volta, mas não disse mais nada pelo resto da viagem. Acabei dormindo um pouco, mais tranquilo de ter falado com a minha mãe sobre isso. Ela sempre sabe o que é melhor para mim e se ela diz que Julie é, então eu realmente tenho certeza do que estou fazendo.
Atlanta finalmente chegou. Fui recepcionado por alguns fãs, tirei foto com eles gentilmente e dei alguns autógrafos, indo logo depois para a van que me levaria para casa. Fiquei de encontrar Scooter e Usher na minha casa mais tarde para que nós planejássemos tudo e colocasse então, o plano maléfico, em ação.
Aproveitei o tempo que ainda tinha antes que eles chegassem para arrumar minhas malas e deitar um pouco na minha cama... Sabe, sentir que eu finalmente estava em casa.
O mais difícil era saber que eu estava tão perto dela e não poderia ir vê-la. Poder até eu poderia, mas por causa do meu plano, era melhor não.
Eu sorria enquanto pensava em qual seria a reação dela. Tomara que ela não me encha de tapas. Distraído, olhei para o lado, encarando o meu guarda-roupa. Um pouco mais ao lado, perto da minha cama, havia um porta retrato.
Era uma foto minha e da Julie, no dia que eu tinha conhecido ela na casa do Usher. Era uma montagem, uma com a foto normal que tiramos e a outra do beijo no rosto que eu roubei dela. Desde o primeiro dia que eu a vi, no fundo eu sabia que ela era a certa para mim.
Peguei o porta-retrato e sorri. Acariciei o rosto dela pela foto. Como eu sinto falta daquela garota... Ninguém um dia vai entender o que eu sinto por ela.
Quem diria que eu me apaixonaria por uma brasileira? Eu sei que eu disse várias vezes o que acho das brasileiras e tudo o que eu falei era pura verdade. Porém, como eu poderia imaginar que eu me apaixonaria justo por uma? A vida é cheia de surpresas.
Agora, dar em cima da Beyoncé, da Rihanna e da Kim Kardashian era por pura diversão, não tinha mais aquele fundo de verdade, porque afinal, eu não precisava. Eu tinha a minha garota.
Depois de um tempo, coloquei a foto de novo na mesa de cabeceira e desci para a sala. Liguei a TV e fiquei assistindo qualquer filme enquanto esperava eles chegarem.
Não demorou muito, uns 40 minutos depois a campainha tocou. Levantei e fui correndo abrir.
– Heey... – Sorri e cumprimentei Usher e Scooter com um aperto típico nosso de mão.
– Então, garoto, pronto para o trabalho? – Usher disse, rindo.
– Eu nasci pronto! – Eu disse, levantando as mãos e rindo.
– Então vamos logo que temos muito a fazer... – Scooter disse, indicando uma pasta preta que ele tinha em mãos.
– Pode deixar capitão! – Bati continência e ri, fechando a porta logo em seguida.
Fomos para a sala de jantar, aproveitar que a mesa dali era a maior. Usher pegou o seu notebook e o ligou ali na mesa, Scooter fez o mesmo e eu também. Scooter abriu a pasta e retirou uns papéis. No final de tudo, a maior mesa da minha casa estava lotada. Chegava a ser hilário.
– Bom... Eu liguei para o diretor do seu primeiro Diary of Justin Bieber e disse a proposta que temos a ele. Ele amou a ideia e disse que iria contatar o superior dele lá na MTV hoje mesmo, ele disse que retornava a ligação hoje mais tarde... – Scooter começou a dizer.
– Hmm... Entendi. Acha que eles vão aceitar? – Eu perguntei, esperançoso.
– É quase certeza. – Scooter disse.
– Tem 90% de chance de que eles aceitem. – Usher disse. – Além de que eles não vão precisar te pagar nada porque quem está oferecendo isso somos nós. Eles só vão levar todos os materiais para a filmagem e todo o resto...
– E é lucro deles... – Scooter disse.
– Lucro nosso também. Eu fico com uma boa imagem e tenho a minha namorada de volta. – Eu disse, levantando as mãos e rindo.
– Pois é... – Usher disse, rindo.
– Então vamos começar com as ideias, vamos pensar em várias coisas e documentar tudo, para depois selecionarmos as mais viáveis e então, comunicar a MTV. – Scooter disse, enquanto digitava algo no computador.
– Sai do twitter Scooter. – Eu disse, rindo.
– Já estou saindo... – Ele continuou digitando até que parou. – Pronto!
– Viciado. – Eu e Usher dissemos juntos.
– HEY! – Scooter disse, apontando para nós dois. – Estou tentando parar!
– HÁ! – Eu disse, gargalhando. – E o que está fazendo? Indo no Twitólicos anônimos?
– Isso não existe... – Scooter disse, revirando os olhos. – Mas se existisse eu iria.
– Vamos trabalhar, é o melhor que fazemos... – Usher disse, todos nós rimos.
– Estou com ele. – Eu disse, rindo.
– Ok, ideias na mesa. – Scooter disse, se preparando.
– Olha, eu achei a ideia do show na escola dela uma ótima oportunidade. Será uma grande surpresa e duvido que a diretoria irá atrapalhar se fizermos um show seu na hora do intervalo. Além de dar notoriedade à escola, vai te ajudar a surpreender a Julie. – Usher disse.
– Sem contar que ela vai poder humilhar as amiguinhas depois. – Scooter disse, rindo.
– Julie não faria isso... – Eu disse, rindo.
– Mas Ashley faria... – Eu e Scooter dissemos juntos, rindo.
– Ok, Show entra em tópico de possibilidades. – Scooter disse, enquanto digitava sobre isso.
– Você pode dar entrevistas também, contar no documentário alguns de seus momentos. Pode pedir ajuda à Ashley e a avó da Julie... – Usher disse.
– Boa ideia... Mas Ashley é meio boca aberta... – Eu disse, rindo.
– Sei que a avó dela vai te ajudar... – Usher disse.
– Posso tentar... Mas não sei... – Eu disse, pensando. – Mas gostei de falar sobre alguns momentos nossos... Algo que as fãs também gostariam de saber.
– Pode tentar passar um dia como estudante na escola dela. – Scooter disse.
– Boa ideia... Nas aulas dela, de preferência. – Eu disse, sorrindo.
– Então... O que mais? – Scooter disse.
– Eu acho que seria legal... – Eu comecei a dizer.
Passamos umas boas horas fazendo tudo aquilo e depois que nossas ideias para possibilidades acabaram, começamos a pensar em cada uma delas. Primeiramente pensamos nos detalhes do show, com quem tínhamos que falar, o que tínhamos que fazer, o que tínhamos que preparar. Todo aquele blábláblá todo.
Como hoje era domingo, não tinha muito o que fazer a não ser um ótimo planejamento. Foi isso que passamos a tarde fazendo. Acabamos jantando comida chinesa naquelas caixinhas engraçadas.
Passamos a segunda-feira verificando se poderíamos fazer tudo. Primeiro falamos com a MTV e depois Scooter contatou a escola de Julie e Ashley, que não recusou nossa proposta. Scooter pediu sigilo total, já que o acontecido seria uma surpresa. A diretora não recusou nosso pedido.
MTV: checa!
Escola da Julie: checa!
Equipe de produção e iluminação de palcos para shows: checa!
Minha banda e backin’ vocals: checa!
Ryan vindo para Atlanta: checa!
Christian Beadles vindo também para Atlanta para me dar apoio moral: checa!
Buquê de flores para Julie: checa!
Eu queria que realmente esse projeto se tornasse algo especial, algo com significado. Eu preciso dela e preciso que ela acredite nisso.
Scooter disse que acertaria o resto dos detalhes e pensaria em mais algumas coisas para deixar tudo o mais perfeito possível. Fiquei feliz que tinha essa ajuda de todos, saber que eles realmente se importavam era muito bom.
Usher e Scooter foram embora lá pelas 19h e eu fiquei sem nada para fazer. A ansiedade me dominava e eu tinha que me ocupar de alguma forma. Peguei meu violão para me distrair até que tive uma ótima ideia.
Peguei o meu macbook e cliquei no programa que tem nele para fazer vídeos. Usando a webcam embutida no mesmo, me preparei para gravar mais um vídeo para as minhas fãs. Coloquei um timer de 10 segundos e esperei.
Assim que os 10 segundos se passaram, me preparei para fazer um vídeo para as beliebers.
“E aí beliebers? Eu acabo de voltar da Alemanha e já tenho uma ótima novidade para vocês. MTV quer que eu faça um segundo Diary of Justin Bieber e esse será uma edição especial do programa! Estaremos gravando essa semana e um grande segredo será revelado nesse programa. E aí? Vão assistir? Espero que sim! Depois quero saber o que todas vocês acharam! Então é isso, obrigada por todo o apoio e... I’m out! Peace.”
Eu sorri e fiz um sinal de paz e amor, desligando logo em seguida.
Vi como o vídeo ficou, dei uma editadas e logo postei no meu canal do youtube. Depois de postar no youtube, postei no twitter. Em uma hora teve mais ou menos umas 50 mil visitas. Eu amo as minhas fãs.
Eu teria uma reunião com o diretor do Diary of Justin Bieber 2.0 amanhã pela manhã e nós começaríamos a gravar de tarde. Eu falaria alguns monólogos, daria algumas entrevistas, contaria algumas coisas, mostraria algumas fotos, alguns vídeos, contaria minha história com Julie. Minha mãe, Usher, Scooter, Sean, Timberlake, Ludacris, Beyoncé, Jay-Z, Alicia Keys, Ashley e até minha irmã Jazmyn e o pequenininho do Jaxon seriam vítimas de depoimentos para o programa.
Na quarta-feira eu teria outra reunião para decidir os outros passos depois do show. Na quinta-feira eu ficaria com a minha banda e meus dançarinos ensaiando as músicas como faço antes de todos os shows e então, na sexta, iria para a escola da Julie para então fazer o show surpresa para ela.
O cronograma da semana estava feito, tínhamos um objetivo e não desistiríamos enquanto o objetivo não estivesse atingido com sucesso. Eu dançava sozinho só de imaginar, as risadas eram inevitáveis. Eu estava com um bom pressentimento em relação a tudo isso e sei que acreditando e agindo, conseguiríamos tudo o que for preciso para ter um ótimo resultado.
Fiquei mexendo um pouco no computador, olhando para o relógio de cinco em cinco minutos, irritado com o mesmo por achar que zombava de mim por propositalmente fazer o tempo demorar a passar. No final, eu sabia que tudo aquilo era apenas fruto da minha ansiedade.
Eu não fico ansioso, não com frequência. Precisa ser algo realmente especial para que eu fique dessa maneira.
Desci para a sala e fiquei assistindo televisão com a minha mãe até a hora de dormir. Subi para o quarto um pouco antes da meia-noite, caindo diretamente na cama.
Acordei no dia seguinte mais cedo do que o esperado. Sério, superei o meu despertador. Pronto para tocar às 8h30, eu estava de pé lá pelas 7h00. Aproveitei o tempo extra para tomar um banho tranquilizador e organizar as ideias, escolher bem as roupas e me concentrar para fazer um bom trabalho.
No fim, tudo parecia estar em ordem. Meu cabelo estava ótimo, coloquei uma jaqueta preta de couro com um moletom também preto por baixo. Uma calça jeans normal e o meu tênis amarelo acompanharam a jaqueta e o moletom. Provavelmente meu estilista Ryan Good iria me dar outras opções de roupas, mas até então, estava me sentindo bem com a que eu estava.
Após verificar que estava pronto, desci as escadas e fui para a cozinha, sorrindo para a minha mãe e dando um beijo na sua testa, logo depois de desejar a ela “Bom dia”. Avisei a ela que ficaria no jardim um pouco, para pensar e organizar as ideias.
Ela disse que me chamaria quando meu café da manhã estivesse pronto e eu agradeci, continuando meu caminho até o quintal da parte de trás da minha casa, onde ficava a piscina. Andei por ali com as mãos no bolso, tendo meus pensamentos voltados para aquela semana...
– Espero que tudo dê certo. – Eu disse, olhando para o céu.
Estava nublado em Atlanta desde que eu tinha chegado ali. Não é o tempo mais bonito, mas mesmo assim, melhor do que se estivesse chovendo, não é?
Olhei para trás e vi que minha mãe estava muito ocupada na cozinha. Ninguém estava me observando naquele momento. Era até reconfortante. Mas...
Eu sempre tenho ideias nesses momentos.
Uma vontade imensa de cantar uma das minhas músicas me possuiu. Mas não era simplesmente cantar. Não, era mais do que isso. Era cantar algo que me fizesse sentir o que eu sinto com ela.
Depois de um tempo eu acabei percebendo o vazio que nasce dentro de mim quando estou sem a Srta. Evans.
Estar com ela me proporcionava uma sensação de felicidade, aquela sensação de estar “completo”. Sem ela, faltava uma parte de mim. E às vezes isso era muito difícil de suportar...
– I wish we had another time, I wish we had another place... – Eu comecei, rindo de mim mesmo.
Eu fechava os olhos e me deixava levar. A música, os meus pensamentos voltados àquela garota que me tira do sério e os passos de dança que pareciam surgir por conta própria pareciam completar um ao outro.
– Now Romeo and Juliet... They could never felt the way we felt. Bonnie and Clyde... Never had the highlight that we do... we do... – Eu continuei.
Aquela música parecia descrever perfeitamente todo o enredo da nossa história. Nós tínhamos como uma “marca”. Todos iriam nos olhar, todos iriam nos criticar. Muitas coisas iriam acontecer e eu sabia que não seria fácil... Não seria nada fácil.
Mas por ela, eu enfrentaria tudo.
Eu enfrentaria Chuck Norris por ela...
Ok eu estou exagerando, eu nunca enfrentaria Chuck Norris, ele é meu rei, não posso enfrentar um rei, seria um tolo se fizesse isso.
Olha eu de novo entrando na “Loucura Norris”.
Enfim, deu para entender o objetivo...
– Now you don’t wanna let go... And I don’t wanna let you know that might me something real between us two... Who knew? No we don’t wanna fall but we’re tripping in our hearts and it’s reckless and clumsy... Cause I know you can’t love me here... – A canção continuava, mais como uma história contada em melodias.
Quem diria... Quem diria que um dia finalmente eu me apaixonaria?
Se nem eu acreditava...
Fui interrompido pela voz da minha mãe me chamando para tomar café da manhã. Corri e fui diretamente para a cozinha, me sentando no balcão ao lado dela. Meu café da manhã foi tranquilo, conversei um pouco com a minha mãe sobre o dia que teria e acabamos soltando umas boas risadas. Um tempo depois, Scooter apareceu lá em casa.
Ele ficou esperando enquanto eu escovava os dentes e pegava meu celular, porém, assim que desci, eu e a minha mãe fomos para o carro dele, indo diretamente para o local da reunião.
– Usher irá por conta própria, disse que nos encontrará lá. – Scooter explicou, antes que eu pudesse perguntar.
– Que horas são? – Eu disse, com preguiça de olhar no celular.
– 9 horas da manhã, Bieber, nossa reunião começa as 9h30. – Scooter disse, profissional como sempre.
Assenti com a cabeça e fiquei olhando pela janela.
O jogo finalmente começou.
– Sabe... Estou com uma dúvida cruel aqui na minha cabeça. – Eu disse, ainda olhando pela janela.
– O que foi Justin? – Scooter disse.
– O que vamos ter de almoço? – Eu perguntei. Scooter e minha mãe começaram a gargalhar.
– Você não presta! – Scooter disse.
– Eu só sou um garoto que preza pela própria saúde. – Eu disse, levantando as mãos como quem se rende.
– Um garoto que come por todo mundo. – Minha mãe disse, rindo.
– Sou saudável, ok. – Eu disse, rindo.
– Ryan e Beadles chegarão essa tarde e irão diretamente ao local das gravações para te dar apoio. – Scooter me informou.
– Ótimo, vai ser tudo melhor com eles lá. – Eu disse, sorrindo com cara de sacana.
– Sem aprontar, Justin. – Minha mãe disse. Eu revirei os olhos.
– Por que não diz logo que quer que eu vire padre? – Eu disse, fingindo estar definhando. Scooter acabou rindo.
Chegamos ao local alguns minutos depois, durante o percurso eu comecei a cantar uma música muito antiga do Poison que estava passando no rádio. Scooter e minha mãe gargalhavam.
Scooter estacionou o carro no estacionamento do grande prédio da filial da MTV em Atlanta. Seria lá que nos encontraríamos com o diretor do meu primeiro Diary of Justin Bieber.
Eu estava animado, tanto que não conseguia parar quieto.
Saímos do carro e eu fui andando pelo estacionamento até o elevador com passos de dança. Com direito ao meu passo deslizante e moonwalk.
Quando entramos no elevador, eu comecei a rir.
– Scooter, lembra em Paris quando o elevador quebrou? – Eu disse, rindo.
– E você começou a ter seus ataques. – Scooter disse, sorrindo.
– Sim, e quem me salvou? – Eu fiz cara de safado.
– Julie. – Scooter disse, rindo e balançando a cabeça negativamente.
– Por isso reforço a ideia de que ela deve ter algum parentesco com o Chuck Norris. Cara, ela é demais. – Eu disse, jogando o cabelo para o lado e me olhando no espelho.
– Já tem ideia das coisas que vai falar nos depoimentos? – Scooter perguntou, me olhando.
– Sim, tenho uma ideia. Trouxe algumas coisas no pen-drive para que o diretor veja, acho que ele vai gostar. – Eu disse, enquanto fazia caretas para mim mesmo pelo espelho.
– O que trouxe? – Scooter perguntou.
– Ah, uns vídeos que eu fiz com ela. – Scooter começou a rir, minha mãe me deu um tapa. – CALMA! É tudo permitido para menores de 18 anos!
– Que vídeos? – Scooter disse, ainda rindo.
– Ah, uns vídeos de umas festas, uns passeios nossos, umas brisas no parque, alguns nas Bahamas. Nada demais... Tem uns com os meus amigos também. – Eu expliquei. Olhei para a minha mãe e acariciei o rosto dela. – Calma mãe, eu não seria tão descuidado de deixar um vídeo para maiores de 18 anos cair na internet.
Minha mãe me deu um tapa no braço, dessa vez mais forte ainda.
– AI! Eu tava BRINCANDO! – Eu disse, rindo enquanto acariciava meu braço. – O que você anda tomando? Suplemento? Desde quando é tão forte?
– Você não faz nem ideia da minha força. – Minha mãe disse, sorrindo.
– Ah sei sim, Olivia Palito. – Eu disse, rindo. Minha mãe me olhou feio e eu fui para trás de Scooter.
– Não olhe para mim Bieber, sabe que eu morro de medo da sua mãe. – Scooter disse, rindo.
– Somos dois, cara... Somos dois. – Eu disse, suspirando. – Só Chuck Norris pode com a minha mãe.
– Você só sabe falar de duas coisas. Uma é esse Chuck Norris e a segunda é a Julie. – Scooter disse, me zoando.
– E você que só sabe falar de mim? Puff... – Eu disse, saindo do elevador logo quando ele abriu. Olhei para trás e ri da cara de bravo de Scooter.
Scooter se aproximou da recepcionista e falou com ela. Ela se levantou e começou a nos levar para a sala do diretor. No caminho tive que parar para falar com umas fãs que estavam gritando loucamente o meu nome.
Logo entramos na sala do diretor, eu sorri e fui em direção a ele, o cumprimentando com um abraço amigável. Ele já era um companheiro de velhos tempos. Conversamos um pouco sobre as nossas vidas e como elas estavam. Papo vai... Papo vem, acabamos caindo no assunto do documentário.
– Então... Soube que vai falar sobre aquela sua suposta namorada: Julie Evans. Estou certo? – Ele perguntou.
– Sim está. Nós não estamos num momento muito bom, então resolvi fazer uma surpresa para ela, e porque não documentar? Sei que ela vai gostar... – Eu disse, sorrindo, enquanto dava voltas na cadeira giratória.
– Então, estão namorando mesmo? – Ele perguntou.
– Sim... Na verdade estamos sim. Oficializamos tudo na viagem para as Bahamas. – Eu disse, sinceramente.
– E pretende dizer isso no documentário? – Ele perguntou.
– Exatamente. Quero algo como uma missão One Less Lonely Girl. E como a minha “Girl” tem que ser alguém especial, não vejo ninguém melhor para se encaixar no perfil do que a Julie. – Eu disse, levantando as mãos e sorrindo.
– Achei uma ótima ideia desde o primeiro momento que Scooter me disse. – Ele revelou.
– Que bom, fico feliz que tenha gostado da ideia, é algo realmente importante para mim, tanto em relação à Julie quanto às minhas fãs, não vejo motivo de mentir para elas, afinal, foram elas que me proporcionaram tudo isso... Eu meio que devo isso a todas elas, sei que elas vão entender. – Eu expliquei para Andrew, o diretor.
– Sim, e por estar usando esse meio para explicar a elas toda a relação de vocês, sei que o documentário será uma explosão. – Andrew disse, sorrindo.
– Então... Deu uma olhada no nosso cronograma inicial? – Scooter perguntou à Andrew.
– Sim, sim, dei uma olhada e por mim está tudo ótimo. Vamos aos poucos, caminhando devagar para ter sucesso em tudo. Primeiramente vamos realizar o show e à medida que vão acontecendo as coisas, nós vamos vendo qual será o próximo passo. Isso será um artefato para deixar tudo mais real. – Andrew disse, olhando um papel que estava em sua mesa.
– Perfeito, então... – Scooter disse. – O que pretende gravar com o Bieber hoje?
– Então... Vou dar uma olhada nos vídeos que Bieber disse agora pouco e então decidirei o que usarei. Depois, vamos gravar alguns monólogos de chamadas, como o que você fez para o primeiro... Depois, realizaremos os seus depoimentos e de todos os que estão presentes aqui para depor. Os outros artistas citados na lista terão seu depoimento gravado nos próximos dias. Hoje você vai contar um pouco da história de amor de vocês dois. – Andrew disse, sem nos olhar.
– Ótimo... – Eu disse, concordando.
– Enquanto isso acontece, vamos gravar também um Behind The Scenes e alguns momentos reais da sua vida. Voltaremos à sua casa para você nos mostrar os lugares que freqüentaram e eu colocarei os vídeos nesses exatos momentos. – Andrew continuou a explicar.
– Eu faria então... Algum tipo de introdução aos vídeos? – Eu perguntei.
– Exatamente. – Ele disse. – Na quinta feira gravaremos a sua preparação para o show. Colocaremos todos os momentos no documentário, conversas, situações, canções, danças, tudo.
Assenti com a cabeça. Gostava de ver meus planos entrando em ação. Um sorriso se pôs no meu rosto.
Logo depois de decidir tudo que faríamos durante a semana, entreguei meu pen-drive à Andrew e ele colocou no seu computador, rodando então, os vídeos.
De 15 vídeos, apenas 6 foram selecionados. Esses 6 foram os que Andrew achou mais adequados para o documentário.
Dentre eles, eram...
O vídeo que eu fiz no meu primeiro “encontro” com Julie, enquanto estávamos no parque de Atlanta:
“Estávamos fazendo um piquenique quando ela pegou meu celular e começou a gravar um vídeo nosso.
– Sorria para a câmera, Sr. Bieber. – Julie disse, enquanto me gravava.
Eu estava deitado na grama, olhando para o céu enquanto ela também estava deitada na grama, ao meu lado. Ela apontava o celular para mim.
– Um close no meu rosto com esse sol na minha cara não vai dar em coisas boas, Julie. – Eu disse, rindo.
– É essa a intenção. Qual é Bieber, você é bonito até quando faz careta, então não reclame! – Ela disse, rindo.
– Então admite que me acha bonito? – Eu disse, fazendo uma cara de safado.
– Eu só digo o que eu li nas revistas, pois é, pois é... – Ela disse, rindo.
Ela pegou meu celular e passou a filmar nós dois, segurando meu celular bem em cima de nossas cabeças, uma para um lado e a outra para o outro.
– Mande um recado para as Beliebers, diga que as ama, elas merecem, afinal, fazem tudo por você... – Ela disse, sorrindo.
– Hmm... Ok. Hey Beliebers, Eu amo vocês, vocês merecem, afinal, fazem tudo por mim. Não sei o que seria de mim sem vocês... Vocês, não a Julie, a Julie não se enquadra no meu círculo de beliebers. – Eu disse, rindo.
Julie fez cara de ofendida.
– Como assim, Justin Drew Bieber?! – Ela disse, ainda com a mesma cara.
– Parece minha avó me chamando assim. – Eu gargalhava.
– Eu sou uma belieber com muito orgulho, ok! Mas depois dessa, acho que vou te trocar pelo Sterling Knight. Sabe? O Chad Dylan Cooper daquela série com a Demi Lovato. – Ela disse, segurando o riso.
– Ah é? – Eu disse, virando o rosto para olhar ela.
Ela virou o rosto e me olhou também, olho no olho. Os olhos verdes dela ficavam ainda mais claro com o contato com o sol.
– É sim, Bond. – Ela fez uma voz sexy. Mas foi tão engraçado que nós dois acabamos rindo.
– Ok, Beliebers! Podem deixar que eu vou cuidar bem do nosso Justin Bieber, ok? Não vou deixar ele chegar perto da Beyoncé nem da Kardashian. – Ela disse, piscando para a câmera.
– Vai arranjar duas inimigas assim. – Eu disse, ameaçando.
– Pelo menos eu tenho o exército das Beliebers comigo! – Ela disse, rindo.
– Ok, Kim, não escute ela. Nada pode tirar você de mim! – Ele piscou para a câmera.
– Ok, estou fazendo isso por todas as beliebers do mundo! – Ela me deu um beliscão.
– Ouch! – Eu disse, rindo.
– Ok, até mais! – Julie sorriu e acenou para a câmera, desligando logo depois.”
O segundo vídeo foi quando estávamos na minha casa, junto com Jazmyn. Eu fiquei tocando o violão para as duas enquanto minha mãe filmava. Jazmyn estava no colo de Julie e as duas cantavam junto comigo enquanto eu cantava U SMILE.
O vídeo não era grande, tinha mais ou menos um minuto e pouco.
O terceiro vídeo era muito engraçado. Ryan Butler, meu melhor amigo, e Julie, tinham assaltado meu guarda roupa e pegado minhas roupas para fazer um vídeo às escondidas cantando “One Time.”
Julie estava com a roupa exata de One time e o Ryan com a roupa de One Less Lonely Girl.
Os dois ficavam dublando a minha música original que soava alta. Eles faziam a coreografia. Julie fazia certinho enquanto Ryan fazia tudo errado. Os dois acabavam rindo demais. Até que um pouco antes do final da música eu entro no quarto e faço uma careta, chegando perto do computador e vendo que estavam gravando um vídeo, gritando logo depois:
– WHAT THE HELLLLLLLLLLLLL! – Eu gritei, rindo muito depois.
O quarto vídeo não foi tão engraçado assim para mim, mas para Julie, parece ter sido um dos mais engraçados.
Ela pegou uma câmera filmadora daquelas portáteis e começou:
“- Heey beliebers! Estou aqui hoje para proporcionar a todas vocês uma ótima visão. Como Justin Bieber acorda de manhã. Isso é real, nada de carinhas bonitinhas como no documentário Diary of Justin Bieber! Vamos pegá-lo de surpresa! – Ela disse, rindo. – Pattie Mallete, mãe de Justin, aproveitou que ele foi malcriado ontem e nos deixou castigá-lo dessa forma.
Julie sorriu de canto no vídeo.
– Ok! Estamos subindo agora as escadas da casa dele em Atlanta, Georgia. – E no vídeo poderia ser visto os pés dela subindo as escadas, com uma música de suspense de fundo, colocado depois por edição. Ela se aproximou da minha porta e colocou a mão na maçaneta. – Agora, muito silêncio. Estamos entrando no quarto de Justin Bieber...
Ela abriu a porta do meu quarto lentamente, para não fazer barulho, se aproximou da minha cama, onde por acaso eu estava tendo um lindo sono.
Se aproximando lentamente, ela pegou o celular do bolso e mostrou para a câmera, sussurrando bem baixo depois.
– Vamos acordá-lo em grande estilo! – Ela mostrou na câmera que uma música estava já colocada no mp3 de seu blackberry: A música era Empire State of Mind de Jay-Z com Alicia Keys e a parte que ela colocou para tocar foi quando Alicia começa a cantar. E ela colocou no último volume. – 1...2...3... e JÁ!
IN NEWWWWWWWWWWWW YOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORK!
Foi quando eu caí da cama. Caí para o lado da Julie, caindo em cima dela e acabando levando ela sem querer para o chão também.
– Ooouch! Missão cumprida! Estou ferida, mas mesmo assim, acordamos o Bieber! - Ela disse, olhando para a câmera. – Oh não! Ele quer vingança, SOCORRO! Beliebers chamem a polícia!
Julie ria demais, eu comecei a fazer cócegas nela, para pegar a câmera. Assim que consegui, levantei, chacoalhei o cabelo e olhei para a câmera.
– Nunca acorde um discípulo de Chuck Norris essa hora da manhã! – Eu apontei para a câmera e ri, desligando logo depois.”
O quinto e o sexto vídeo foram gravado enquanto estávamos em nossa viagem para as Bahamas.
O quinto vídeo estava eu, Usher e ela. Nós três conversávamos, na maior empolgação, Ashley que tinha gravado e a gente nem tinha percebido. Estávamos os três rindo e falando das situações engraçadas pelas quais nós três já tínhamos passados juntos.
O sexto vídeo foi gravado apenas comigo e com Julie, estávamos na praia no nosso último dia nas Bahamas. Eu a abraçava porque estava ventando um pouco e nós falávamos da viagem:
“- Então... O que achou da viagem? – Eu perguntei, olhando ela nos olhos.
Ela olhou nos meus olhos e abaixou o olhar, sorrindo.
– Bom... Poderia ter sido melhor, mãããs... – Ela disse, brincando, nós dois acabamos rindo.
– Sério, Julie... – Eu disse, rindo.
– Não poderia ter sido mais perfeita. Só quero deixar isso bem claro que essa viagem foi literalmente uma viagem de sonhos. Eu não poderia estar mais feliz ao seu lado. – Ela disse, olhando nos meus olhos enquanto acariciava o meu rosto. – Você é o meu príncipe encantado.
– E você é a minha princesa. – Eu disse, sorrindo.
– Eu não era sua Lonely Girl? – Ela disse, tirando a mão do meu rosto e erguendo uma das sobrancelhas.
– Você pode ser tudo o que quiser. – Eu disse, sorrindo do jeito safado.
– Para de sorrir assim! Você sabe que eu não resisto! – Ela disse, rindo e colocando a mão na minha cara. – Para de ser lindo garoto!
– Ok, vou tentar... – Eu disse, rindo.”
Eu achei que os vídeos escolhidos deixaram um tom engraçado e romântico “natural” ao documentário.
Depois da escolha dos vídeos, fomos para um almoço em equipe. Tendo agora conosco Usher, Christian Beadles e Ryan Butler.
O almoço foi extremamente divertido, todos riram e falaram das situações com Julie. Christian era o único que ainda não tinha conhecido Julie pessoalmente, apenas por webcam.
– Eu tenho certeza que quando ela me ver, vai te trocar por mim na hora! – Ele disse, orgulhoso como sempre.
– Vai sonhando. – Eu disse, bagunçando o cabelo dele.
– Hey! O cabelo nããão cara! – Ele disse, eu acabei rindo e balançando a cabeça negativamente.
O resto da tarde foi ótimo, passei um tempo com meus amigos até chegar a hora que eu fosse para uma sala reservada para gravar.
Primeiramente gravei os monólogos, coisas banais como “This is the Diary of Justin Bieber 2.0 version” e “Missão One Less Lonely Girl”.
Depois de alguns minutos fazendo essas gravações para monólogos de entrada e fim, comecei então a fazer os depoimentos.
A câmera estava posicionada, Andrew atrás dela dirigindo e eu estava em uma poltrona confortável na frente da câmera.
– Pronto Bieber? – Andrew disse.
– Eu nasci pronto. – Levantei as mãos e ri.
– 1...2...3...e... AÇÃO! – Andrew disse, dando a minha deixa para começar a falar.
– Olá para todos, aqui quem fala é Justin Bieber e vocês estão prestes a testemunhar e conhecer uma história que poucos conheciam. Estou dando à todas as minhas fãs nada mais do que a verdade. Vocês merecem isso, já que claro, fazem parte da minha vida. – Eu disse, sorrindo. – Como vocês sabem e puderam acompanhar nos últimos meses, eu andei saindo com uma garota chamada Julie Evans...
E lá estava eu, contando para o mundo, minha história de amor aos 16 anos.
– Ela é brasileira e tem 17 anos, se mudou para Atlanta para morar com seu pai e por um acaso, acabou entrando na minha vida. – Eu disse, rindo ao me lembrar. – Na verdade, a história é muito mais engraçada do que esse pequeno resumo que eu acabei de dizer.
Eu estava realmente me sentindo a vontade a contar aquilo para a câmera. No fundo, eu sabia que não estava simplesmente contando aquilo para a câmera, estava contando aquilo para o mundo.
– Fiz um show aqui em Atlanta há uns meses atrás, um show ótimo, com todos os meus fãs da cidade onde moro atualmente. Julie Evans e sua melhor amiga, uma maluca chamada Ashley Davis que por acaso vai me dar umas boas bancadas por ter chamado ela de maluca em um programa de TV, conseguiram entrar no backstage do meu show para conseguir fotos e autógrafos. Até aí tudo bem. O problema é que por um deslize da segurança, quando o show acabou, mais ou menos umas 200 garotas também conseguiram entrar no backstage. Nada legal, nada legal mesmo.
Eu contei, como se contasse à um amigo.
– Então, vocês podem imaginar a maluquice que tudo se tornou. – Eu gesticulava com a mão, movimentos engraçados parecidos à “explosões e corridas”. – No fim, Julie acabou sendo amassada por outras Beliebers. Nada legal beliebers, violência não é legal! Enfim... Eu olhei para o lado e vi Julie com uma cara roxa assim, quase desmaiando. Claro que o meu primeiro instinto foi chamar por ajuda. Kenny, meu segurança começou a tentar afastar as outras fãs e outros seguranças foram também ajudar. No fim, Julie ficou descansando no meu camarim, sob a supervisão do meu mentor, Usher Raymond.
Foi então que o Usher entrou para dar seu próprio depoimento, na mesma sala reservada e sentando na mesma grande poltrona.
– Foi uma loucura, man. – Usher começou. – Eu estava no camarim e não fazia ideia da loucura que estava acontecendo lá fora. Meu coração praticamente parou quando eu vi Kenny entrando ali no camarim com uma garota desmaiada nos braços. Meu primeiro pensamento não era que nós teríamos problemas e sim que eu queria saber se aquela garota ficaria bem. Realmente fiquei preocupado. Fiquei com Sean Kingston na sala até que ela acordasse, quando ela acordou, a ajudei a se recuperar e ficar estável. Foi então que comecei a conhecer essa garota chamada Julie Evans que acabou me conquistando com seu carisma e sua doçura desde o primeiro momento que abriu aqueles olhos verdes.
Usher disse, rindo.
– Foi engraçado, porque eu nunca tinha se quer conversado com uma fã da maneira que eu conversei com ela. Era como se fossemos conhecidos de anos, não tinha aquela atmosfera tensa, nem nada. Tudo parecia confortável e normal. Me sentia tranquilo perto dela. Principalmente por saber que ela estava bem. – Usher disse, tranquilo. – Ela é definitivamente uma garota de ouro. Sean também se sentiu cativado pela personalidade dela...
E então, Sean Kingston entrou, aproveitando a deixa para filmar seu depoimento.
– Os momentos com aquela garota foram os melhores! Nós até cantamos Eenie Meenie no carro. Usher e eu acabamos dando carona para ela, era o mínimo que poderíamos fazer depois de ela ter desmaiado no backstage. Porém, valeu à pena. Eu sempre dou várias risadas quando estou perto dela. É do tipo de garota que faz você sorrir só de te olhar, ela tem um jeito engraçado natural que realmente é único, característico dela. Julie Evans é uma das garotas de que tenho mais orgulho de falar que sou amigo. - Sean disse.
Aí, foi minha vez de voltar.
– Como se já não bastasse... Julie acabou achando o Golden Ticket no My world 2.0 que ela tinha comprado no mesmo dia do show. Foi algo realmente incrível. Eu não tinha falado com ela até então. Ela e sua amiga, Ashley, foram até a minha gravadora e foram direcionadas à Scooter que acabou levando ela para a casa de Usher, onde eu também fui convocado para aparecer. No fim, acabei conhecendo ela e sentindo uma ligação de imediato. Foi algo à primeira vista. Eu realmente senti que deveria conhecer ela mais, senti que valeria a pena. Foi então que começamos a sair, nos conhecer, ver o quanto tínhamos em comum e também começamos a ajudar um ao outro, viramos, em poucos dias, melhores amigos. Por mais banal que a maioria das pessoas possam achar do fato de você virar melhor amigo de alguém em poucos dias, eu realmente discordo. Quem é que fez um limite de dias para você perceber o quanto precisa de uma pessoa? Eu sei que eu não sigo isso e por isso, até hoje, Julie Evans é minha melhor amiga.
Eu disse, sorrindo. Estava gostando de poder compartilhar meus momentos com Julie para todas as minhas fãs. Estava gostando também de relembrar.
– Julie Evans se tornou parte da minha vida mais cedo do que eu pudesse imaginar. Quando eu percebi, nós saíamos todos os dias, passávamos horas conversando e até jogando videogame... Que por acaso eu sempre ganhava. – Eu disse, orgulhoso. – As qualidades de Julie são ilimitadas. Sem contar que ela é uma garota linda. Ela começou a me conquistar cada vez mais a cada dia que se passava.
Eu disse, dando algumas risadas agora por me pegar lembrando de outros momentos.
– Eu sei que algumas das minhas fãs seguem a Julie no twitter e tem esse contato mais direto com ela, sei que essas fãs sabem do que eu estou falando. Julie não se deixa levar pela minha fama e pela fama de nenhuma celebridade que ela conhece. Ela é a mesma garota normal que eu conheci há meses atrás, humilde, sincera, pé no chão. Sempre conversa com a maioria das pessoas que consegue no twitter... Sério, ela é mágica, consegue me superar! – Eu disse, rindo. – Julie gosta de dar atenção a todas as pessoas e também gosta de ajudar todas as pessoas. Eu sei disso porque ela é a que mais me ajuda, sério.
Eu disse, chegando então à finalização dos meus depoimentos.
– Então, o Diary of Justin Bieber 2.0: One Less Lonely Girl é como uma missão. Escolhi Julie Evans para homenagear e mostrar para vocês como ela é, por que tanto eu quanto todos que a conhecem acham que ela realmente merece isso. Essa missão é para fazer a Julie ser a minha Lonely Girl e eu vou fazer dela... One Less Lonely Girl. – Eu disse, sorrindo.
– Estão preparados para ver o poder da Bieber Fever? – Eu pisquei para a câmera e levantei as mãos, rindo logo depois.
– Corta! – Andrew disse. – Perfeito, Bieber, perfeito.
Eu me levantei e fui até ele, cumprimentando-o com um toque de mão.
– Ficou bom mesmo? – Eu perguntei.
– Está ótimo! Isso vai ser um sucesso. – Andrew disse. – Agora, vamos gravar algumas cenas com os seus amigos, naturalmente, aquele velho esquema de esquecer que a câmera está aqui...
– Beleza. – Eu disse, pegando impulso e dando uma corrida, vi a câmera atrás de mim e fiz uma cara de esperto, aproveitei que a porta estava meio aberta e contei sem voz até três, chutando então a porta com força e assustando todos lá dentro. – Acabei!
– Jura? – Scooter disse, com a mão no peito. – Que bom.
– Afetado. – Eu disse, rindo e indo para o sofá, onde me joguei ali.
O dia passou depressa, tanto quanto a semana. Nos dias seguintes tive mais reuniões e na quinta-feira o ensaio junto com a minha banda, backin’ vocals e dançarinos. Foi tudo extremamente engraçado. Alguns dançarinos caíram, eu acabei caindo junto. Beadles entrou na coreografia e começou a fazer umas coisas loucas enquanto nós fazíamos um ensaio da performance de Baby. Ryan pegou a guitarra de Dan e fingiu tocar enquanto o mesmo tocava atrás para ajudá-lo no fingimento. Tudo ficaria bem, se Dan não tivesse aparecido no vídeo depois. Fiz umas coreografias improvisadas com Usher, para descontrair. Cantamos Paparazzi da Lady Gaga de zoação por causa daquele garoto Greyson Chance que disseram que poderia ser o próximo Bieber (Aham, Claudia, senta lá). Mas minha performance foi muito mais engraçada, eu e Usher fizemos uma coisa muito mais dramática enquanto Beadles fingia – muito mal – ser um paparazzi. No meio da música Somebody to Love, eu acabei esquecendo a letra, sendo substituído por Beadles que sabia a letra. Ele sabe e eu não, ok, minha carreira já era. Brincadeira.
O dia do ensaio foi gravado e tudo ficou extremamente engraçado. Depois quando revemos as cenas, nós morremos de rir.
– Acho que temos algum problema mental. – Eu disse, rindo.
– VOCÊ ACHA? – Ryan disse, rindo também.
No final, tudo acabou em pizza.
Ao chegar em casa, fui direto para a cama. Me troquei e dormi, estava ansioso demais e se começasse a pensar, não conseguiria pregar os olhos.
Acabei sonhando que fui fazer o show na escola da Julie com uma samba-canção com estampa de patinho de borracha. Isso-não-tem-graça.
Acordei um pouco traumatizado, mas não me deixei levar pelo sonho.
Hoje finalmente tinha chegado o grande dia. Em poucas horas eu estaria na escola da Julie fazendo um show particular para ela e para os amigos dela que seria filmado e mostrado na MTV.
Não acredito que finalmente vou poder vê-la.
O sorriso na minha cara era impossível de tirar, sério. Eu não poderia estar mais satisfeito.
Me arrumei e fiquei esperando todos chegarem à minha casa – que por acaso acabou virando ponto de encontro. Ryan e Chris estavam dormindo nos quartos de hóspedes então só restava Usher, Scooter, Andrew e Sean.
Fiquei jogando videogame com Ryan e tendo um déjavu de One time, mas tudo bem. Chris também ficou lá mal humorado porque a gente não deixava ele jogar. No fim, quando chegou a vez de ele jogar, todo mundo chegou e era hora de ir.
Entramos numa van da MTV enorme. Dentro dela já tinha uma equipe com câmera que iria documentar todos os meus passos desde a minha casa até a escola da Julie, onde o palco provavelmente já estava montado e já estava chegando a hora do show.
– Então, estamos aqui na van indo em direção ao Atlanta High School onde provavelmente o palco já está montado pela equipe da MTV e a surpresa será realizada daqui a mais ou menos uma hora e meia. – Eu disse, esfregando uma mão na outra, com uma cara de quem estava gostando muito de tudo aquilo.
– Isso vai ser incrível. – Ryan disse.
– Tem muitas garotas lá? – Chris Beadles perguntou.
Eu e Ryan o olhamos.
– Precoce. – Nós dissemos juntos.
No carro, eu e Usher começamos a fazer umas brincadeiras de voz. Cantávamos algumas músicas e fazíamos alguns treinos vocais ali mesmo. As caras de Ryan, Scooter, Beadles e da minha mãe vendo a gente eram as melhores. Caras de pânico, incompreensão, tensão e loucura. Eu não conseguia terminar a música porque olhava pra um deles e começava a rir!
Como a escola de Julie não era tão longe assim, não demorou para que finalmente nós chegássemos lá. Nossa van preta de vidros pretos e pneus pretos foi estacionada na parte de trás do palco que já estava montado no pátio aberto da escola. Ficamos ali dentro por alguns minutos, gravando algumas coisas hilárias enquanto Usher e Sean saíam com Scooter e iam falar coma diretora da escola.
Usher e Sean iriam me anunciar pelo rádio da diretora e avisar para todos irem para o pátio aberto, que teriam um show particular meu. Eu queria ver a cara da Julie quando soubesse.
Porém, não seria tão fácil assim. Eu tinha uma cúmplice.
Peguei meu celular e disquei o número da Ashley, deixando no viva-voz.
– Diga, Bieber. – Ashley disse, do outro lado da linha.
– Então, tudo pronto? – Eu perguntei.
– Sim, já estou indo para a sala chamar ela para ver os novos slides da decoração das festas de fim de ano. Vou vendar ela falando que é uma surpresa, mas ao invés de ir para a sala, vou levar ela para o lugar que combinamos. – Ela disse, pelo telefone.
– Ótimo. Traga ela para lá daqui 10 minutos mais ou menos. – Eu disse.
– Feito. Boa sorte JB. – Ela disse.
– Obrigada Ash. – Eu disse, sorrindo.
Logo depois, desligamos.
Enquanto isso, do outro lado da escola.
– É só apertar aqui e esperar 5 segundos que é o tempo que é soado o som de que vai haver um anunciamento. E então, falar! – Susan, a diretora, disse à Usher.
– Ok... Hora do show. – Usher bateu o punho com Sean e apertou o botão, segurando o microfone nas mãos.
5...4...3...2...1...
– E aí Atlanta! Quem fala aqui é o Usher Raymond e vocês podem se considerar mais do que sortudos nessa sexta feira! – 22 palavras e a gritaria já dava pra ser ouvida. En-sur-de-ce-dor. – Eu estou aqui com o meu parceiro Sean Kingston e nós temos uma notícia para vocês!
E o barulho aumentava!
Sean pegou no microfone e foi a vez dele de dizer:
– Eu sei que vocês já devem ter ouvido o meu novo single Eenie Meenie ft. Justin Bieber, certo? – Sean disse. E lá veeem a gritaria! – Então, o que vocês achariam de ter um show particular com o meu garoto Justin Bieber?
Agora elas surtaram!
Usher estava rindo só de ouvir um:
AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!
Muito poético.
– Então, venham o mais depressa possível para o seu pátio principal que vocês vão ter a realização da sua surpresa. – Sean disse.
– Corram! Nos vemos lá! We’re out! – Usher disse, desligando logo depois.
E todos saíram correndo para o pátio principal. Literalmente correndo.
Todos os estudantes da escola foram para o pátio e ficaram dentro da pista improvisada pela MTV. O palco não ficava longe das pessoas, o que era bom, porque eu poderia ter um contato com os meus fãs. Eu pude ver as pessoas se juntando no local e eu fiquei feliz de que havia tantos fãs ali.
Olhei no relógio e Ashley provavelmente estaria levando Julie para o local nesse exato momento.
Olhei para a câmera e sorri.
– Hora do show. – Apontei para a câmera e esperei Kenny abrir a porta da van para que todos nós pudéssemos finalmente sair dali.
Me filmaram saindo e espiando a Julie vendada enquanto Ashley ajudava ela a subir no palco. Ok, se eu não apanhasse agora dela, não apanharia mais.
Segui as duas meio que escondido, ficando do lado da escada para subir no palco. Eu queria ver a reação que ela teria assim que soubesse que estava em cima de um palco.
Ashley colocou a amiga no centro do palco e tirou a venda dela. Julie ficou paralisada e eu e Ryan começamos a rir.
– A reação dela está sendo ótima até agora. – Eu disse, olhando para a câmera. – E hora do show!
Eu dei sinal para o Scooter avisar o meu DJ e o resto da minha banda que já poderiam começar a tocar a primeira música. Peguei o microfone, arrumei o meu cabelo, bati o punho com o do Ryan e contei:
– 3...2...1... – E então começou a tocar Somebody to love. Eu esperei até a minha deixa e comecei. – Oh! Oh!
Subi as escadas com o microfone na mão e o show finalmente começou. Julie me olhou, como quem não acreditava.
For you I'd write a symphony!
(Por você eu escreveria uma sinfonia!)

I'd tell the violin
(Eu diria ao violino)
It's time to sink or swim
(Que é agora ou nunca)
Watchn' it play for yaaaa!
(Vendo ele tocar para você!)

For you I'd be
(Por você eu seguiria)
Wohaaa
But in a thousand miles just get you where you are
(Mil milhas só para chegar onde você está)
Step to the beat of my heart.
(Siga o ritmo do meu coração.)

I don't need a whole lot
(Eu não preciso de muito)
But for you I need I
(Mas para você eu preciso)
I'd rather give you the world
(Eu preferia dar o mundo à você)
Or we can share mine!
(Ou nós podemos dividir o meu!)
Eu subi no palco e comecei a cantar, os movimentos de dança se seguiram por todo o palco, mas eu nunca deixava de ficar longe dela. Eu olhava em seus olhos e sorria, enquanto cantava, cantava para ela e para mais ninguém. Eu sei que tinha todas aquelas pessoas ali aproveitando o show, mas a razão de tudo estava ali na minha frente.
Eu pegava em sua mão e a fazia girar, a trazia para mais perto e tocava seu rosto. Adorando ver a surpresa em seus olhos. Adorando ver que ela estava impressionada, satisfeita.
Ela sorria para mim sem entender, sem entender o motivo de tudo aquilo, mas eu estava prestes a mostrar a ela. E como eu tinha esperado por isso!
Eu a fazia participar do show, ali, no palco comigo, como uma forma de dizer que eu queria ela na minha vida, em todos os momentos.
Somebody to Love foi seguida por One Time e depois por Never Let You Go. Baby veio logo depois, tendo em sequência U Smile e Eenie Meenie. Por último, veio Up e One Less Lonely Girl.
E claro que ali, no palco, Julie foi a minha Lonely Girl. Ela recebeu um buque de flores e em toda a música eu fiquei ali, do lado dela. Mostrando para todos que ela era oficialmente minha Lonely Girl.
Porém, ainda eu tinha muito o que fazer.
Eu sabia que aquele show era apenas uma batalha vencida para ter completamente aquela garota de volta para mim. Reconquistá-la por completo, é o que eu faria.
Eu vou fazer ela ver que é a única para mim, a número 1.
A jornada do Diary of Justin Bieber 2.0: One Less Lonely Girl tinha acabado de começar.
E vocês não fazem ideia do que eu posso fazer por uma garota que eu realmente goste.
E aí, vão continuar vendo do que eu sou capaz no meu programa da MTV?
Espero que sim... Por que se você se surpreendeu até aqui, não faz ideia do que está por vir.
There’s gonna be One Less Lonely Girl...
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Hey amores, gostaram?
Então, vocês não imaginam a BOMBA que vem no próximo capítulo, e como eu sou má, vou deixar vocês curiosas!
CALMA, deixa eu explicar a história...
Estou indo para a praia hoje (28), e com a linda internet do meu celular vou tentar postar o próximo capítulo lá, caso eu não consiga, e não achar nem um sinalzinho Wii-Fi, quem voltar primeiro de viagem (ou eu ou a Lorena) vai postar o capítulo.
Beijos, Obrigada pelo apoio ao blog, vale muito!
FELIZ 2012 PARA TODAS AS BELIEBERS DO MUNDO, QUE NESTE NOVO ANO TODAS NÓS POSSAMOS IR A ALGUM SHOW, ABRAÇAR, VER, RIR, SORRIR E TER MUITAS ALEGRIAS COM O NOSSO KIDRAUHL <3


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