sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

História para vocês :D

Ananda aqui.
Gente, olha minha história ainda não esta pronta. Enquanto isso, eu vou postando outra, 
da ''rainhadoseriado'', de quem eu sou muuuito fã. Os créditos são todos dela.


The Golden Ticket

The Golden Ticket


Primeiro Capítulo - My New World 



Não sou perfeita.
Nem nunca fui. Sou apenas... Normal.
Não tenho uma família perfeita nem amigos perfeitos. Tenho apenas amigos, amigos de verdade, aqueles que você pode contar... Ou pelo menos tinha.
Já tive uma vida ótima, uma vida que poderia começar com "Era uma vez..."
Tirava notas boas, saía com meus amigos, conhecia novas pessoas, me divertia. Cantava para o meu chuveiro me escutar, tocava violão sozinha no quarto, criava músicas e as guardava em um caderno. Atuava no meu quarto enquanto sonhava. Costumava sorrir de alma...
Hoje, não mais.
Tudo o que eu acreditava se destruiu assim que eu recebi a pior notícia da minha vida. Eu me lembro até hoje...
Estava apresentando um trabalho com meus amigos, estava sendo divertido e a sala inteira ria conosco. Até que o coordenador entrou na classe e pediu para que parássemos e que eu fosse com ele até sua sala.
"Ah... Pronto. O que eu fiz dessa vez?" Foi o que eu pensei naquela hora, enquanto as pessoas faziam piadinhas de que eu seria expulsa por ter os olhos mais bonitos da escola.
Segui o coordenador até a sala dele e ele se sentou em sua cadeira, me sentei logo depois à sua frente.
– O que aconteceu, Sr. Foti? - Eu perguntei, observando sua expressão tensa.
Foi então que ele abriu a boca para falar as piores palavras que existem no mundo. Pressionei meus olhos só de lembrar. Ele disse exatamente essas palavras:
– Senhorita Evans... Acabamos de receber uma ligação do Hospital da Santa Casa nos informando que a sua mãe sofreu um grave acidente de carro e que infelizmente não sobreviveu.
Não tive reação na hora em que ele me contou. Encarei-o por alguns segundos. Depois que percebi que ele não falaria que estava brincando, me levantei e me retirei de sua sala, ignorando seus chamados.
Voltei à sala, quando entrei, todos ainda estavam rindo, assim como eu estava há poucos minutos atrás.
Olhei para a minha melhor amiga, Camila, e ela entendeu o meu olhar. Ela correu até mim e me abraçou. Depois me soltou e perguntou:
– O que aconteceu Julie? - Ela me olhava preocupada.
Não respondi, olhei as pessoas em volta que agora estavam sérias e curiosas para saber o que havia acontecido. Tudo girava, eu sentia meu coração bater devagar. Minha visão foi escurecendo até que eu não vi mais nada.
Depois de muitos minutos eu acordei, me vendo deitada no chão com uma almofada debaixo da cabeça. Eu havia desmaiado. Eu nunca tinha desmaiado antes.
Todos estavam em volta de mim. Me levantei... Rápido demais. Camila me segurou.
– O que aconteceu, Julie? Pelo amor de Deus! Fale alguma coisa!
Foi nesse momento que a realidade finalmente caiu em cima de mim.
Minha mãe estava morta.
Comecei a tremer e chorar, chorar demais.
– M-mi-minha... Minha mãe... s-sof-sofreu um... aci-den... acidente... de... ca-carro e... não sobreviveu.
Todos ficaram em choque.
Foi então que comecei a chorar mais ainda e só parei quando já estava desidratando.
Foi nesse momento em que a minha vida mudou completamente.
Passei a ouvir músicas depressivas e chorar por todos os cantos. Não falava com ninguém e ficava no fundo da sala, ouvindo música. Não prestava atenção na aula e quando os professores brigavam comigo eu revidava. Ninguém entendia, nem Camila entendia.
Eles costumavam me chamar de boneca de porcelana. A razão disso é porque eu tenho um rosto delicado, uma pele bonita, um nariz bonito, olhos e boca bonita. Eu estava convencida disso, pois sempre recebia elogios. Meu cabelo é castanho, longo e eu sempre usei franja reta. Tenho olhos verdes muito claros, tanto que às vezes mudavam para o azul e às vezes para o cinza.
Eu me achava bonita, hoje não acho mais. Me acho apenas mais uma em meio à uma multidão.
Não tenho mais aquela felicidade que me fazia olhar no espelho e me achar uma garota especial.
Os tempos "turbulentos", como eu os chamava, foram cessados à medida que eu encontrava a minha psicóloga. No começo, eu a odiava. Porém, quando que descobri que a mãe dela morreu da mesma forma, passei a confiar nela como minha única amiga.
Ela me deu esperança, me deu vontade de viver, me deu coragem.
Se hoje estou melhor é graças a ela.
Infelizmente agora só vou poder conversar com ela por skype.
A razão? Meus avós me obrigaram a ir morar com meu pai nos Estados Unidos. Mais especificamente em Atlanta, Georgia.
Sim, meu pai é americano. Sim, meus pais eram separados.
Só se separaram porque tinham vidas distintas. Ele lá e ela aqui. E nenhum poderia dar o braço a torcer.
Eu herdei os olhos verdes do meu pai. O cabelo da minha mãe.
Então ali estava eu, sentada em um banco no meio do aeroporto, esperando e suspirando enquanto pensava em todos esses acontecimentos. O tempo não passava e o horário de embarque parecia nunca chegar. Fui orientada para chegar ao aeroporto pelo menos uma hora e meia antes do voo para resolver tudo. É, eu resolvi tudo em 10 minutos e agora tenho 1 hora e 20 minutos para fazer... nada.
Comprei uma revista na banca de jornal do aeroporto. Capricho. Desse mês, mesmo... Março de 2010.
Comprei simplesmente pelo fato de que o Robert Pattinson estava na capa. Só assim para eu me distrair um pouco.
Fui virando as páginas da revista distraidamente. Até parar na página 30.
Justin ama o Brasil.
Em entrevista exclusiva à Capricho o cantor disse vááárias vezes, que queria pegar uma fã brasileira. Ok gente, vamos organizar uma fila.
Essa era a manchete da reportagem. Não pude deixar de rir. Olhei a foto do garoto na revista e sorri, ele era bonito. Porém, nunca tinha ouvido falar nele. Provavelmente por causa do meu "período turbulento".
Comecei a ler a entrevista e a cada pergunta era uma risada. Ele era engraçado, parecia ser extrovertido e feliz.
"Qual é o seu tipo de garota?
JB: As brasileiras. (risos)"
Capricho - Março 2010 - Entrevista com Justin Bieber.
Não consegui conter a risada após ler essa parte da entrevista com o tal de Justin Bieber. Apesar de nunca ter ouvido falar dele, por alguma razão, eu já gostava dele. Ele parecia ser um garoto fofo.
Fiquei curiosa para ouvir as músicas dele. Quando chegasse em Atlanta, compraria um CD.
Continuei lendo a revista até que ouvi a voz de uma mulher falando no microfone:
"Vôo 76432, Vôo 76432 com destino para os Estados Unidos.
Passageiros, por favor, comparecer à entrada C3 do aeroporto."
Minha deixa... É, parece que está na hora de deixar o Brasil.
Sinceramente... Eu não queria. Porém, não tinha escolha.
Peguei a minha mala e minha passagem e me juntei aos passageiros que estavam na fila, esperando minha vez de mostrar minha passagem e entrar no avião.
Quando isso aconteceu, dei uma última olhada para o aeroporto, como uma despedida. Suspirei e segui o meu caminho para o avião.
Fiquei ouvindo música o trajeto inteiro, sem conseguir dormir. Estava ansiosa, por algum motivo.
Depois de algumas horas olhando pela janela, meu avião finalmente chegou a seu destino: Atlanta, Georgia.
Saí do avião, peguei minha mala e fui até a saída. Olhei em volta e procurei por meu pai. Não demorei a encontrá-lo, ele é alguém que realmente chama atenção. Ele deve ter pensado o mesmo que eu, pois um sorriso nasceu em nosso rosto praticamente no mesmo instante. Ele abriu os braços e eu corri, me jogando em seus braços e sendo recebida com um forte abraço.
– Papai! - Ele me soltou e me olhou franzindo a testa, de brincadeira. - Ops! Daddy!
– Muito melhor... - Ele disse em inglês.
Continuamos conversando, agora tudo em inglês.
– Estou feliz que finalmente esteja aqui... Senti muito a sua falta Julie. - Ele sorria, me abraçando de lado e levando minha mala para mim.
Seguimos para seu carro que estava do lado de fora, eu abri a boca quando vi qual era o carro: Um Lamborghini Reventon.
– Ganhou na loteria? - Eu perguntei, ainda em choque. Ele riu.
– Não... Digamos que a empresa está indo melhor do que eu esperava.
– Fico feliz por você pai. - Sorri.
– E eu fico feliz que esteja aqui... Vamos, seus avós estão loucos de saudade de você! - Ele tentava me deixar animada todos os segundos, eu sorri com a atitude fofa dele.
– Sim, vamos...
Entrei no Lamborghini e fui o trajeto inteiro quase sem respirar. Aquele carro era realmente incrível. Estava quase tendo um ataque cardíaco lá dentro. Ok, exagerei. Não demorou mais do que 20 minutos para que eu chegasse em minha nova casa, que por sinal, era ainda mais linda que o carro do meu pai.
Entrei na casa, vendo a decoração magnífica. Mal tive tempo de ver tudo quando ouvi a voz de minha vó atrás de mim. Me virei, dando de cara com a mesma, sorri e corri para abraçá-la. Fazia anos que eu não a via, ela é incrível.
– Vovó! - Abracei ela e depois de um tempo soltei para ir abraçar o meu avô. - Vovô!
– Como é bom tê-la de volta Julie! - Eles diziam.
Eu sorri de leve, apesar de ser ótimo vê-los e ficar com meu pai, nada ainda se comparava com a minha antiga vida. Minha mãe ainda era tudo para mim.
Meu pai me apresentou o meu quarto, nada modesto. Tinha tons de roxo, minha cor favorita. Uma cama grande, cortinas lindas, um carpete perfeito, uma mesa para eu fazer minhas lições de casa e um MacBook Pro para mim de presente de "boas vindas".
– Você vai me deixar muito mimada pai... - Eu disse, sentada na cama do meu quarto e olhando ele.
– Então estou conseguindo o que eu queria... - Ele disse e beijou minha cabeça. - Quer ajuda para arrumar suas coisas?
– Não precisa pai... Preciso de um tempinho para mim, para digerir toda essa mudança... - Sorri de leve.
– Compreendo. - Ele acariciou meu rosto. - Depois descanse um pouco, quando for a hora do almoço eu venho te chamar, está bem?
Assenti com a cabeça e o observei saindo do meu quarto. Assim que ele o fez, eu me levantei e fui para a janela, puxei a cortina para o lado e vi a rua em que eu morava, fiquei admirando-a por algum tempo, até então começar a arrumar tudo.
– E que a minha nova vida comece... - Suspirei, tentando sorrir.

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